quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Encontro em Maringá (PR) debateu a produção cultural em pequenos e médios municípios

Por Blog Acesso

Produtores, gestores, artistas e instituições culturais de pequenos e médios municípios do interior do país vivem uma realidade diferente daquela experimentada nos grandes centros. O 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios – FPCM, realizado entre os dias 7 e 11 de agosto, na cidade de Maringá, no Noroeste do Paraná, foi um momento de trocas sobre os desafios específicos da produção cultural em municípios do interior e sobre as oportunidades que tais localidades oferecem.
Idealizado pelo Instituto Museu Memória e Vida – IMMV, o fórum quis aproximar os agentes culturais do interior, compartilhar experiências e abrir o debate sobre a produção cultural. Foram organizadas discussões em torno dos eixos Políticas Públicas de FomentoGestão de instituições, projetos e iniciativas culturais eFinanciamento da Produção Cultural, além dos debates por segmentos culturais, realizados na última sexta-feira.
FPCM aconteceu concomitantemente à primeira reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura – CNIC em uma cidade que não é capital. Reunidos em Maringá, os comissários analisaram mais de 500 projetos de todo o Brasil que pleiteavam aprovação para captar recursos por meio do mecanismo de renúncia fiscal da Lei Rouanet, cujo volume soma cerca de R$ 600 milhões. Na ocasião, os comissários puderam ainda conhecer os projetos apresentados por proponentes da cidade de Maringá, como o Som da Banda, a Orquestra Cesumar e o Festival Nipo Brasileiro, aprovados para captação pela lei de incentivo fiscal.
Sérgio Mamberti, secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura – MinC, ministrou a palestra de abertura e destacou a coesão existente entre o debate proposto pelo FPCM e o atual momento do MinC. O secretário falou sobre a importância de o estado assumir seu papel na formulação de políticas públicas para a área da cultura, sobre a apropriação, a participação e a legitimação das políticas por parte da sociedade e sobre a importância dos pequenos e médios municípios para o desenvolvimento da cultura. “A cultura deve ser o retrato da diversidade brasileira”, afirmou.
Sobre o 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios, o Acesso conversou com Marcelo Seixas, gestor do IMMV. Confira abaixo!
Acesso – Que momentos do FPCM você destacaria?
Marcelo Seixas –
 Acreditamos que o fórum permitiu alguns momentos especiais, como o encontro com os integrantes da CNIC, a palestra do Henilton Menezes, no dia 8, e o bate-papo por área cultural na sexta-feira, dia 10 de agosto. A participação das cooperativas culturais e a abordagem do tema na maioria da programação também foi destaque.
Acesso – Você concorda que há coesão entre o debate proposto pelo fórum e as atuais diretrizes do MinC?
M. S. – 
Sim, e essa foi uma motivação da organização quando fizemos o convite aos palestrantes. Sabíamos que o pouco conhecimento sobre os instrumentos de financiamento disponíveis, sobre a forma de gestão e a inexistência de estratégias de captação são, juntos, os motivos que dificultam a produção cultural nos pequenos e médios municípios.
Acesso – Durante o FPCM, a CNIC fez sua primeira reunião em uma cidade que não é capital. Qual a importância desse momento para a produção cultural do interior do País?
M. S. – 
Acreditamos que para as cidades do interior será uma redenção, pois há muitos arranjos produtivos locais da economia criativa que são possíveis e que serão potencializados com a realização de uma itinerância da comissão. Temos muitas possibilidades que, se exploradas, poderão, através da cultura, trazer desenvolvimento para muitas localidades, potencializando o “bom turismo”, gerando renda e desenvolvimento humano para suas comunidades.
Acesso – Que oportunidades têm os produtores e as instituições culturais dos pequenos municípios para viabilizar suas atividades?
M. S. – 
O que percebemos mais fortemente é que as comunidades menores têm um maior acesso aos gestores públicos e aos agentes sociais locais. Todos se conhecem, ficando mais facilitada a construção de parcerias e projetos comuns. O que precisamos fazer é capacitar estas iniciativas para que se consiga acesso aos instrumentos hoje existentes.
Acesso – Após os debates que aconteceram ao longo do fórum, que perspectivas e que desafios ficam?
M. S. – 
Temos que integrar um maior número de municípios, fortalecer os movimentos de interiorização das políticas púbicas já oferecidas – como o edital Mais Museus –, e promover um debate contínuo com todos os produtores, artistas e instituições culturais dos pequenos e médios municípios do País.
Bernardo Vianna / blog Acesso

sábado, 11 de agosto de 2012


Produção Cultural em Municípios

Fórum Nacional sobre o tema tem apoio do MinC e reúne gestores e produtores
Secretário Henilton Menezes fala na abertura do evento
Com o apoio do Ministério da Cultura (MinC), está sendo realizado o 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios, no Teatro Calil Haddad, em Maringá (PR).
O evento, que se estende até sábado (11), é uma oportunidade de aproximar os agentes culturais do interior, de compartilhar experiências e de abrir o debate sobre a produção cultural.
“Longe da centralidade natural das metrópoles, nos pequenos e médios municípios, as instituições culturais, os produtores, os artistas e os gestores públicos vivem uma realidade distinta, com maiores desafios e inúmeras oportunidades. Este é o momento de apontarmos e discutirmos nossas especificidades”, disse o organizador do Fórum, Edson Pereira, presidente do Instituto Museu Memória e Vida.
De acordo com Pereira, a produção cultural vem ganhando destaque na região noroeste do Paraná em consequência do agendamento da 201ª Reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), que também acontece esta semana, paralelamente ao Fórum, em Maringá.
Na cidade paranaense, os comissários da CNIC estão analisando, nesta 201ª reunião, mais de 500 projetos de todo o Brasil, somando cerca de R$ 600 milhões.
A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura avalia projetos que pleiteiam autorização de captação de recursos pelo mecanismo de renúncia fiscal da Lei Rouanet.
Itinerância
O secretário de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), Henilton Menezes, participou da abertura e falou sobre a itinerância da CNIC na cidade. “A Comissão passou a circular desde 2011, mas é a primeira experiência fora das capitais. A cada itinerância, desenvolvemos um importante diálogo, que desta vez está sendo ampliado pelo Fórum”, disse.
Durante os 4 dias em Maringá, a programação da CNIC contempla visitas a projetos culturais que possuem incentivo fiscal e reunião com empresários, contadores e produtores. “Com o Fórum, ampliamos a agenda e estamos dialogando com todos os atores do processo”, completou o secretário Henilton. Ele foi homenageado com uma escultura do ‘Monumento ao Desbravador’, símbolo local.
Também estiveram presentes na abertura o secretário de Cultura do Estado, Paulino Viapiana; a secretária municipal de Cultura, Flor Duarte; a professora Celene Tonella, representando a Universidade Estadual de Maringá (UEM); e o reitor do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), Wilson Matos.
Plano Nacional da Cultura
Palestra de abertura foi proferida pelo secretário Sergio Mamberti
A palestra de abertura do Fórum foi proferida pelo secretário de Políticas Culturais (SPC) do MinC, SergioMamberti, que destacou a sinergia entre o debate proposto pelo encontro e as diretrizes do ministério. “A cultura deve ser o retrato da diversidade brasileira”, afirmou.
Mamberti apresentou o trabalho que está sendo desenvolvido no MinC pela democratização e pelo acesso à cultura e falou sobre a importância do estado assumir seu papel na política pública cultural, da apropriação, participação e legitimação da sociedade no cenário cultural, da importância dos pequenos e médios municípios e sobretudo sobre a cultura como vetor do desenvolvimento sustentável.
O secretário destacou a importância das contribuições da sociedade ao Plano Nacional da Cultura e a adesão dos estados e municípios ao Sistema Nacional da Cultura. “O PNC começa a se estabelecer. O MinC está mobilizado com essas metas, nas quais educação e cultura têm uma relação estratégica”, disse Mamberti. que também falou sobre a CNIC como instância de participação da sociedade nas decisões, garantido transparência ao processo.
Ao final da cerimônia, autoridades políticas, gestores, agentes culturais, comissários e produtores culturais seguiram para a abertura da Mostra de Teatro Contemporâneo, no Teatro Marista, com a peça “Foi Carmem”, realizada pelo Teatro e Ponto Produções Artísticas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Tramitação de projetos
Durante o dia de ontem, foram realizadas três palestras sobre o fluxo de tramitação dos projetos culturais apresentados ao Ministério da Cultura com vistas ao apoio do mecanismo de renúncia fiscal da Lei Rouanet.
O coordenador-geral de Análise de Projetos de Incentivos Fiscais, Vicente Finageiv Filho, e o coordenador de Análise e Aprovação de Projetos, Hermides Passos, falaram sobre a regulamentação do mecanismo, incluindo a Lei 8.313/91, o Decreto n° 5.761/2006 e a Instrução Normativa nº 1/2012, além de outras abordagens.
O coordenador-geral de Acompanhamento e Avaliação da Sefic, Odecir Costa, discorreu sobre os requisitos, como a necessidade de atualização das informações cadastrais do proponente junto ao MinC, a execução com aderência ao plano orçamentário aprovado e a observância aos prazos previstos na legislação.
Já a coordenadora-geral de Prestação de Contas da secretaria, Denise Terra, apresentou orientações técnicas acerca da avaliação de resultados, abrangendo aspectos contábeis e financeiros, a fim de garantir o bom uso dos recursos públicos.
Para o coordenador-geral Vicente Finageiv Filho, as palestras focaram na operação do mecanismo de fomento, de forma a propiciar o intercâmbio de conhecimento e reflexão sobre a metodologia de apresentação, execução e prestação de contas dos projetos culturais.
“Consideramos de extrema importância discutir e dar visibilidade a esse tema. Nosso objetivo é ampliar a visão global dos participantes e contribuir para o aperfeiçoamento do mecanismo”, disse Finageiv Filho.
(Texto: Caroline Borralho, Sefic/MinC)
(Fotos: Walter Fernandes, de Maringá)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Secretário nacional destaca sinergia entre debate proposto pelo fórum e diretrizes do MinC


Sérgio Mamberti. Foto: Walter Fernandes

Na palestra de abertura do 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios, realizada na noite de ontem no Teatro Calil Haddad, o ator Sérgio Mamberti, atual Secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC), destacou a sinergia entre o debate proposto pelo encontro e o atual momento do Ministério. Em pouco mais de uma hora, Mamberti apresentou o trabalho que está sendo desenvolvido no MinC pela democratização e acesso à cultura e ressaltou a contribuição do Fórum com os objetivos do Ministério. “A cultura deve ser o retrato da diversidade brasileira”, afirmou ele.

Para Edson Pereira, presidente do Instituto Museu Memória e Vida (IMMV), organizador do Fórum, a presença do Secretário de Políticas Culturais na abertura do evento é um indicador da importância e da qualidade do cenário cultural do interior do país. “A imensa riqueza cultural dos pequenos e médios municípios ainda está sendo descoberta e o Fórum tem tudo para ser uma importante vitrine de vários desses excelentes trabalhos. Tenho certeza de que esta semana será muito produtiva para todos”, disse Pereira.

Paulino Viapiana, secretário de Cultura do Paraná, elogiou a iniciativa e agradeceu a presença dos integrantes da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura – CNIC em Maringá. O trabalho da comissão, de avaliação de projetos submetidos à aprovação da Lei Rouanet, está sendo feito pela primeira vez em uma cidade não capital. Reunidos no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) nos dias 7, 8 e 9, os comissários irão analisar mais de 500 projetos de todo o Brasil, que somam cerca de R$ 600 milhões.

Henilton Menezes, Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, lembrou aos presentes o convite feito pelo prefeito Silvio Barros aos comissários no ano passado, em Brasília, para que uma das reuniões de itinerância da CNIC ocorresse em Maringá. “A agenda de 2012 já estava pronta e a reunião da região sul marcada para se dar em Florianópolis, mas a plenária decidiu por unanimidade aceitar o convite e vir para Maringá”, contou ele, afirmando que a iniciativa certamente abrirá as portas da itinerância do MinC para o interior do país. “O contato com os produtores culturais dessas localidades é enriquecedor”, disse ele.

Em seu discurso, o prefeito Silvio Barros também agradeceu a presença dos comissários e destacou o trabalho do IMMV no esclarecimento dos mecanismos legais de renúncia fiscal previstos pela Lei Rouanet e no incentivo ao investimento de empresários e pessoas físicas em projetos culturais, afirmando que o convite para sediar a CNIC também teve por objetivo apresentar a qualidade da produção cultural local aos  comissários. “O aumento do investimento em cultura, a partir do trabalho do IMMV em Maringá e região, é exponencial”, revelou.


Henilton Menezes e demais autoridades na mesa de abertura Foto: Walter Fernandes

Também estiveram presentes à cerimônia de abertura a professora Celene Tonella, representando a Universidade Estadual de Maringá (UEM), Flor Duarte, secretária municipal de Cultura e Wilson Matos, reitor do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), que homenageou os secretários Paulino Viapiana e Henilton Menezes com uma escultura do Monumento ao Desbravador. Ao final da cerimônia, autoridades políticas, comissários e muitos dos participantes seguiram para a Mostra de Teatro Contemporâneo, no Teatro Marista. A peça “Foi Carmen”, do Grupo Macunaíma/CPT, abriu oficialmente a mostra, realizada pela Teatro e Ponto Produções Artísticas, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

O 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos  e Médios Municípios é uma iniciativa do Instituto Museu Memória e Vida (IMMV) juntamente com instituições culturais locais. O evento tem apoio institucional da prefeitura de Maringá, secretarias estaduais de Cultura do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, sistemas estaduais de Museus do Rio Grande do Sul (SEM) e São Paulo (Sisem), Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNCB), Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Maringá e Região Convention & Visitors Bureau,  Instituto Cultural Ingá, Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Festival Internacional de Londrina (FILO). O apoio é da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Centro Universitário de Maringá (Cesumar), Gol Linhas Aéreas, Sincontábil, Fundação Luzamor, Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureau do Paraná, TCCC, Duo, Cineflix Cinemas, O Diário/odiario.com, Faculdade Cidade Verde (FCV), SESC, GVT e Sanepar. A realização é do IMMV e Ministério da Cultura (MinC).

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Mamberti abre Fórum


Mamberti abre Fórum
Uma palestra do ator e secretário de Políticas Culturais do MinC Sérgio Mamberti abre hoje em Maringá o 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios. O evento vai até sábado e as inscrições, fechadas ontem, para participar dos painéis, totalizaram 400 participantes.

É a primeira vez que a comissão vai se reunir em uma cidade que não seja a capital. Na programação (confira no site do fórum: www.fpcm.com.br) , discussões sobre questões dos diversos segmentos culturais.

Fabiana Costa/Secult

O ator e secretário de Políticas Culturais Sérgio Mamberti: tema da palestra é o Plano Nacional de Cultura
Segundo Marcelo Seixas, gestor de projetos do Instituto Museu Memória e Vida (IMMV), responsável pela realização do fórum , o número atingiu as expectativas da organização. "Vai reunir um público interessante. Em termos gerais, as inscrições para os segmentos e para o Calil Haddad somam 600 pessoas", diz.

Embora o Calil tenha capacidade para 797 pessoas, os espaços destinados para a programação da semana não comportariam esse total. Os últimos detalhes do evento foram acertados ontem à tarde. Seixas diz que alguns palestrantes chegam hoje, outros já estão na cidade. Ele adianta que o Secretário de Cultura do Estado, Paulino Viapiana, pode estar presente na abertura , na noite de hoje.

A programação, hoje, começa às 18h, no Teatro Calil Haddad, com a Mesa de Abertura que terá uma hora de duração e contará com a presença de várias instituições locais. A partir das 19h, a primeira palestra visa discutir o Plano Nacional de Cultura, com o palestrante Sérgio Mamberti, que é secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC).

Mamberti é ator, diretor, artista plástico e produtor. Iniciou sua carreira em 1956, formando-se pela Escola de Arte Dramática em 1961. Contabiliza mais de 70 peças teatrais, 38 longas-metragens, 26 telenovelas, além de participações em eventos culturais e outros programas de televisão.

No Ministério da Cultura, desde 2003, foi secretário de Música e Artes Cênicas, secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, presidente da Fundação Nacional da Arte (Funarte).


HOJE
18h - Mesa de Abertura

19h - Palestra: Plano Nacional de Cultura
Palestrante: Sérgio Mamberti, Secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC)


AMANHÃ
9h - Palestra: Aspectos Importantes da Análise de Projetos submetidos ao Programa Nacional de Incentivo à Cultura – Pronac
Palestrante: Hermides de Menezes Passos, coordenador Geral de Análise de Projetos de Incentivos Fiscais da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura

10h30 - Palestra: Acompanhamento e Avaliação de Projetos no Pronac
Palestrante: Odecir Luiz Prata Costa, coordenador geral de Acompanhamento e Avaliação da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura

14h - Palestra: Prestação de Contas de Projetos do Pronac
Palestrante: Denise Terra Nunes, coordenadora geral de Prestação de Contas do Ministério da Cultura

15h30 - Palestra: Editais e fundos públicos para financiamento da produção cultural
Palestrante: Débora Aquino, Fundação Nacional de Artes (Funarte)

17h30 - Encontro entre o Setor Cultural e a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura


Confira a programação até sábado em www.fpcm.com.br

sábado, 4 de agosto de 2012

Palestrante: Neide Aparecida da Silva


Consultora de projetos e gestão cultural. Atua na área desde 1988. Foi assessora de formação do Sindicato dos Sapateiros de Franca até 1994. Coordenadora de Cultura e Presidente da  Fundação Municipal Mario de Andrade de Franca – SP. Diretora da Fabricart – eventos. Entre 2008 e 2010 foi Assessora e Diretora do Departamento de Educação da Prefeitura Municipal de Ribeirão Corrente - SP . Assessora técnica da coordenação executiva da II Conferência Nacional de Cultura. Assessora de relações institucionais da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura até julho de 2012. Atualmente é consultora da empresa Ato Três Assessorias e Consultoria Ltda.









quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Palestrante: Orlando Chiqueto Rodrigues

Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Pós-Graduação em Controladoria e Gerência Financeira pela UEM. Consultor empresarial credenciado pelo Sebrae  nas áreas de empreendedorismo, finanças e planejamento empresarial. Presidente do Sindicato dos Contabilistas de Maringá (Sincontábil) desde 2008. Diretor da Federação dos Contabilistas do Paraná (Fecopar). Vice-presidente para assuntos intersindicais da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). Presidente do Lions Clube Maringá Pioneiros. Presidente do Instituto Cultural Ingá.











Palestrante: Neli Viotto

Graduada em História pela USC, Bauru-SP. Especialista em Museus de Pequeno e Médio Porte pelo Instituto de Museologia de São Paulo.  Agente Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru desde julho de 1987. Atuou como Agente Cultural no Museu Histórico e Museu Ferroviário. Respondeu pela Direção da Divisão de Museus e Memória e  pelo Departamento de Proteção ao Patrimônio Cultural, no qual era  responsável pela Divisão de Museus e Memória - Museus Histórico Municipal de Bauru, Ferroviário Regional de Bauru, Museu da Imagem e do Som de Bauru(em implantação), Casa Ponce Paz e Divisão de Pesquisa e Documentação - Centro Memória Ferroviária Regional e Ferrovia para Todos e atualmente faz parte da equipe que coordena a implantação do Complexo Museológico de Bauru. Pelo sistema Estadual de Museus do Estado de São Paulo, coordena a Região Administrativa de Bauru, composta por 39 cidades.




Palestrante: Amilson Godoy


Pianista, maestro arranjador, regente e professor de música. Na sua juventude, como pianista de música erudita foi vencedor de vários concursos, tendo atuado como solista frente às diversas Orquestras Sinfônicas do Brasil. Integrante dos Grupos Bossa Jazz Trio e Medusa, Amilson se apresentou com os mais expressivos artistas da MPB, tendo participado com Elis Regina do seu lançamento na Europa durante o Festival Internacional do Disco em Cannes e da sua estreia no Teatro Olympia em Paris, além de temporadas com artistas internacionais como Ray Conniff, Dizzy Gillespie, Shirley Bassey e Sadao Watanabe. Possui CDs lançados na América do Norte, Europa e Ásia. Entre 1970 e 1980 foi Coordenador da Escola de Música da Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Foi diretor musical do programa Vila Sésamo e maestro de diversos programas de televisão e peças teatrais. Como presidente da Comissão de Música do Estado de São Paulo, trabalhou na implantação da Universidade Livre de Música e foi Maestro da Orquestra Jazz Sinfônica. Conquistou um feito inédito para o Brasil, com o prêmio de melhor arranjador no 26º Festival Internacional da Canção de Viña Del Mar. Desde 1993 é maestro e arranjador do Grupo Sinfônico Arte Viva e tem atuado em projetos especiais ao lado de artistas como Ivan Lins, Yamandú Costa, Gal Costa, Maria Rita, Daniela Mercury, Zimbo Trio, Toquinho, Elba Ramalho, Dominguinhos, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Zélia Duncan, Stanley Jordan, Mônica Salmaso, Vanessa da Matta, Margareth Menezes, George Benson, Titãs, Rita Lee, Skank, Paralamas do Sucesso, sempre promovendo o encontro entre a música erudita e a música popular. Recentemente escreveu os arranjos executados pela Orquestra Sinfônica Brasileira e solistas convidados no projeto Rock in Rio, versão 2011.

Palestrante: Maurício Stunitz Cruz

Nascido em Londrina. É economista formado pela Faculdade de Administração e Economia (FAE – Curitiba). É Mestre em Administração Pública e Governo pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas. Atualmente é Coordenador de Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. Responsável pela implementação do Sistema Estadual de Cultura. Coordena a implementação do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura – Profice. Coordena a criação e implantação do Conselho Estadual de Cultura. Foi professor da Faculdade Dom Bosco em 2010 e 2011. Foi Coordenador do Núcleo de Formação Básica da Escola de Negócios da Universidade Positivo (2008 – 2009). Professor da Escola de Negócios da Universidade Positivo (2002 – 2009). Diretor da Rádio e TV Educativa do Paraná (2000 – 2001). Programador, Analista de Sistemas e Consultor na Celepar (1984 – 2000). Produtor do programa Cena Jazz na Rádio Educativa do Paraná. Produtor de programas nas rádios Lúmen FM e RTVE. Produtor do Songbook com composições de Cláudio Menandro. Produtor de diversos espetáculos musicais em Curitiba.

Palestrante: Luiz Fernando Mizukami

Graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP. Especialista em Psicologia Social das Organizações pelo Instituto Sedes Sapientiae e mestrando do Programa de Pós-graduação Interunidades em Museologia pela Universidade de São Paulo . Desde 2007 está na Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, atuando na Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM). De 2009 a 2011 foi Diretor do Grupo de Preservação do Patrimônio Museológico, área responsável pela gestão e acompanhamento dos museus vinculados à Secretaria de Cultura. Atualmente integra o corpo técnico do Grupo Técnico de Coordenação do Sistema Estadual de Museus de São Paulo e a Comissão de Avaliação de Projetos do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo.

Palestrante: Bernadete Passos

Graduada em Geografia e História, com pós-graduação em Gestão Pública e Gerenciamento de Cidades. Diretora Presidente do Instituto Sócio Cultural e Ambiental Colibri (2012). Relações Institucionais da Associação Casa Azul, de Paraty/RJ, onde atua desde 2008 realizando a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).













quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Palestrante: Vanda de Moraes

Historiadora formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), com especialização em Gerência de Cidades e Patrimônio Cultural e Identidades. Diretora de Patrimônio Artístico e Histórico-Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina há dez anos. Membro dos conselhos municipais de Cultura e Turismo. Supervisora do Projeto “Educação Patrimonial” existente desde 2005, e premiado na  Edição 2010 do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do IPHAN – Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional.




Palestrante: Walter Cedro

Ator, diretor, músico, pesquisador de teatro de bonecos e coordenador do grupo de teatro Mamulengo sem Fronteiras.  Participante do Festival Internacional de Teatro de Bonecos Titirimundi – Espanha, em 2004. Eleito representante dos Pontos de Cultura do Centro-Oeste na Comissão Nacional Teia Nacional, de Belo Horizonte. Agraciado com o Prêmio Tuxaus, em 2009. É membro titular da Comissão Nacional de Incentivo Cultural (CNIC) do Ministério da Cultura 2011/2012. Coordenador da Teia Regional dos Pontos de Cultura do Centro-Oeste, Chapada dos Veadeiros (GO).




Palestrante: Demetrio Nicolau

Administrador. Iniciou as atividades teatrais no Teatro Amador do Colégio Andrews (TACA), em 1967. Em 1974 criou o Movimento Teatral Infantil (MOTIN), produzindo e dirigindo 13 espetáculos, seis de sua autoria. O maior sucesso do período foi "O Menino Maluquinho", em parceria com Ziraldo – 192 apresentações consecutivas, público de mais de 42 mil pessoas. Em setembro de 1999 forma a Companhia Pop de Teatro Clássico. É membro titular da Comissão Nacional de Incentivo Cultural (CNIC) do Ministério da Cultura 2011/2012. No conjunto de trabalhos contabiliza 78 montagens em 60 anos de vida.



terça-feira, 31 de julho de 2012

Palestrante: Sérgio Mamberti


Ator, diretor, artista plástico e produtor.  Iniciou sua carreira em 1956. Formado pela Escola de Arte Dramática em 1961, tem participado ao longo de quase 50 anos de carreira de alguns dos mais significativos e polêmicos momentos da cena cultural brasileira. Ao todo são mais de 70 peças teatrais; 38 longa metragens; 26 telenovelas, além de inúmeras participações em eventos culturais e outros programas de televisão. Assinou a direção de sete peças de teatro, de vários shows musicais e espetáculos de dança, além de atuar como produtor em vários desses eventos.  Responsável pela direção artística do Projeto Cultural do Teatro Crowne Plaza em São Paulo de 1990 a 2008. Reconhecido publicamente como ostensivo defensor da cultura nacional, colocando-se sempre à frente das mais diversas manifestações dos meios artísticos, intelectuais e políticos. Atuou na Coordenação do Comitê de Cultura do Partido dos Trabalhadores, durante a elaboração do Programa de Governo da candidatura do Presidente Lula em 1994 e do Programa de Governo 2002. Faz parte da Secretaria Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores.  Em 2001, recebeu a Medalha Tiradentes, a mais alta condecoração do Estado do Rio de Janeiro. Em 2005 foi agraciado pelo Estado de Minas Gerais com a Grande Medalha da Inconfidência.  No Ministerio da Cultura desde 2003, foi Secretário de Música e Artes Cênicas, Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, Presidente da Fundação Nacional da Arte (Funarte). Atualmente é Secretário Nacional de Políticas Culturais.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sertão do Ceará, solo fértil da cultura regional

Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri
A Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri é uma entidade filantrópica e cultural com sede em Nova Olinda (Ceará), município com aproximadamente 15 mil habitantes, a 560 km de Fortaleza. Os idealizadores deste projeto são os músicos Alemberg Quindins e Rosiane Limaverde, que deram o pontapé inicial na realização deste sonho após receberem um prêmio em Maringá, no Festival de Música Cidade Canção.

João Paulo Marôpo, membro da diretoria da Fundação, virá ao 1° Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios para participar de duas mesas: Gestão de Instituições e Projetos Culturais, no dia 9, às 14h, e Perspectivas para os museus dos pequenos e médios municípios, no dia 11, às 10h30. Nas duas oportunidades, Marôpo vai compartilhar a experiência deste projeto bem sucedido que vem fazendo diferença em sua região de atuação.

Saiba mais

Criada em 1992 a partir da restauração da primeira casa de Nova Olinda, a Fundação Casa Grande tem como missão formar crianças e jovens nas áreas de memória, comunicação, artes e turismo. Para tanto, são desenvolvidas atividades de complementação escolar por meio dos laboratórios de Conteúdo (gibiteca, DVDteca, discoteca, biblioteca e sala de informática) e Produção (memorial/museu, laboratório de TV, rádio comunitária, editora que produz gibis e jornal e oficinas de teatro), buscando a formação interdisciplinar e a sensibilização do ver, do ouvir, do fazer e do conviver.


Escola de Comunicação da Meninada do Sertão
Para realizar tantas atividades, a fundação criou a Escola de Comunicação da Meninada do Sertão, construída no prédio que abrigou a primeira escola de Nova Olinda.

Após um processo de restauração, na escola, além dos laboratórios de rádio, TV, editora e internet, é mantida a rede de crianças comunicadoras em língua portuguesa, unindo Brasil, Moçambique e Angola, com apoio da UNICEF.


Teatro Violeta Arraes - Engenho de Artes Cênicas

O Teatro Violeta Arraes - Engenho de Artes Cênicas tem projeto de Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa, homenageando o conjunto arquitetônico dos engenhos de rapadura da região do Cariri, berço cultural do Ceará. Lá são oferecidos cursos nas áreas de direção de espetáculos, sonoplastia, iluminação, cenário e roadie. Com uma programação aberta ao público, o espaço exibe semanalmente espetáculos nas áreas de música, dança, cineclube e teatro, buscando a formação de plateia e de gestores culturais.



Há ainda a Cooperativa Mista dos Pais e Amigos da Casa Grande (COOPAGRAN), formada pelos pais dos meninos e meninas que integram a Fundação. Os cooperados produzem e comercializam suvenires e artesanatos, mantém lojinha, cantina, bodeguinha,  pousadas domiciliares e serviços de transporte.

A coreógrafa Pina Bausch visita a Casa Grande
A Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri recebeu muitos prêmios, entre eles o Summer of Goodwill New York Time Warner (1996); Prêmio Fellow  Empreendedor Social Ashoka (2002); Prêmio UNICEF Criatividade Patativa do Assaré - Projeto mais criativo e melhor projeto de educação (2002); Prêmio Cláudia - Editora Abril (2002); Comenda da Ordem do Mérito Cultural - Ministério da Cultura (2004); Diploma de Cavaleiro da Ordem do Mérito Cultural (2004); Troféu Cidadão de Responsabilidade Cultural - Secretaria da Cultura do Ceará (2006); Prêmio Orilaxé Direitos Humanos - Grupo Cultural AfroReggae (2008);  Prêmio Valores do Brasil - Educação e Geração de Conhecimento - Banco do Brasil (2008); Prêmio Crianças do Mundo Children´s World etc.

O arquivo de imagens da Fundação tem registros de visitas ilustres como Pina Bausch, Gilberto Gil, Lobão, Arnaldo Antunes, Luciano Huck, Cacá Carvalho, Mariana Ximenes, Guel Arraes, Ivaldo Bertazzo, Zeca Baleiro, Rosy Campos, Luis Carlos Barreto, Jorge Mautner, Belchior, Geraldo Azevedo e Regina Casé, entre outros.

Bate-papo

João Paulo Marôpo, diretor da Fundação Casa Grande.

- Como surgiu a ideia da Fundação Casa Grande?

O projeto surgiu da música, com a intenção de montar um centro de cultura e memória voltado para jovens, mas aí as crianças – tem muita criança em cidade pequena - tomaram conta do projeto logo durante a criação e as atividades foram acontecendo no decorrer do tempo, de acordo com a necessidade.

- Quais obstáculos surgiram e como vocês os enfrentaram/enfrentam?

Um deles, que ainda persiste, é a manutenção (água, energia etc.), mas a gente sempre tem que enxergar acima dos obstáculos, e é isso o que estamos fazendo.

- Neste sentido, com quem vocês podem contar?

Ao longo desses anos tivemos muitos parceiros, como prefeitura, instituições públicas e privadas e pessoas físicas.

- Financeiramente, como a Fundação se mantém em pé hoje em dia?

Temos parcerias com outras instituições, com o poder público municipal e recebemos doações de pessoa física. Também já tivemos recursos do programa Ponto de Cultura, do Ministério da Cultura.

- Na sua opinião, qual é a importância do debate proposto pelo 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios?

Fundamental, pois é um momento de compartilhar conhecimentos e experiências no sentido de encontrar soluções para desenvolver atividades comuns.

domingo, 29 de julho de 2012

Palestrante: Tuchaua Pereira Rodrigues

Formado em Administração de Empresas e Administração Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Ciências Jurídicas e Sociais Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Desde 1997 integra a Câmara Rio-Grandense do Livro, entidade que realiza a Feira do Livro de Porto Alegre. Tanto na entidade quanto no evento já atuou em variadas funções. Atualmente é Coordenador do Programa do Livro Popular por meio do Convênio Fundação Biblioteca Nacional/Ministério da Cultura e Câmara Rio-Grandense do Livro e Membro da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Palestrante: Marcelo Seixas

Formado em Arquitetura pela UFRJ. Trabalhou como Gestor Público e na iniciativa privada na área de TI voltada para o setor cultural. Especialista em elaboração e desenvolvimento de projetos. Produtor Cultural e atualmente Gestor do Instituto Museu Memória e Vida Rural de Jussara.  





Palestrante: Karina Muniz Viana

Bacharel em Gravura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Especialista em Gestão da Informação e Inovações Tecnológicas pelo Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão (IBPEX). Gestora Museológica da Coordenação do Sistema Estadual de Museus (COSEM) da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC). É responsável pelo planejamento e elaboração do Plano Gestor Museológico 2011 – 2014 do Estado do Paraná.
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Palestrante: Débora Aquino

Atuante nesta área desde 1988. Já participou de diversos trabalhos como atriz, diretora de teatro, figurinista, diretora de arte, gestora de instituições, gestora de projetos culturais e coordenadora de produção. Em 1990 se engajou na luta pela preservação do bioma Cerrado, trabalhando na extinta SEMATEC (Secretaria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia), desenvolvendo vários projetos de educação ambiental. De 1995 a 1997 foi Diretora de Cultura da regional administrativa de Taguatinga. Entre 1997 e 2001 foi presidente, atriz e produtora do Celeiro das Antas. Em 2000, junto com grupos e artistas do Distrito Federal, mobiliza e funda a Cooperativa Brasiliense de Teatro, realizando vários projetos em comunidades do DF. Em 2001 montou o grupo Casa de Farinha com outros músicos, com o qual ganhou o prêmio TIM de melhor grupo regional em 2005. Em 2002 fundou a Associação Cultural Ossos do Ofício – Confraria das Artes, a qual presidiu de 2002 a 2011. Atualmente é Coordenadora de Difusão Cultural da Regional Funarte Brasília.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Palestrante: Cristina Maseda

Formada em jornalismo pela Universidade de Taubaté, tem especialização em Produção Audiovisual pela Escuela de Imagen y Sonido, de La Coruna/Espanha. É pós-graduada em Estilo Documentário e tem doutorado em Meios Audiovisuais pela Universidad de Santiago de Compostela.Trabalha desde 2003 na Associação Casa Azul como coordenadora do Núcleo de Educação e Cultura, da Flipinha (programação infantil) e da FlipZona (programação jovem da FLIP). Realiza a comunicação local da Festa Literária Internacional de Paraty. É mestranda em Políticas Públicas em Educação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.É coordenadora técnica do Ponto de Cultura – literatura e patrimônio, da Associação Casa Azul, gestora do projeto Mar de Leitores, transformando Paraty numa cidade de leitores, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Paraty. Participa da Comissão Organizadora do Movimento por um Brasil Literário. É sócia proprietária da empresa cultural Arte 3 - Cultura, Educação e Comunicação. Elaborou e faz a coordenação geral de três projetos: Máscaras de Paraty, Galpão do Carnaval e Paraty: carnaval das máscaras.


Palestrante: Margarete Moraes

Formada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem Especialização em “Artes Plásticas: Suportes Científicos e Práxis” pela Pontifícia Universidade Católica/RS. Foi educadora da rede pública entre os anos de 1976 e 1990. Foi Coordenadora de Artes Plásticas da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. Foi Secretária de Cultura de Porto Alegre entre 1995 e 2003, vereadora por dois mandatos na Câmara Municipal e recentemente assessorou o recém-criado Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), do Ministério da Cultura, em Brasília. Vem recebendo muitas homenagens pelos trabalhos realizados. Em 2011 assumiu a Representação Regional Sul do Ministério da Cultura, que abrange os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com sede em Porto Alegre, com a missão de representar o Ministério e de trabalhar na implementação e acompanhamento das políticas culturais.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Palestrante: Luis Felipe Gama

Presidente e sócio-fundador da Cooperativa de Música, entidade sediada em São Paulo que congrega atualmente 1800 sócios, entre músicos, cantores, compositores, arranjadores, professores de música, produtores e técnicos. Luis Felipe Gama representa os interesses de seus associados em todas as esferas (municipal, estadual e federal), de atuação política, bem como participa de conferências e seminários na América Latina e Europa, difundindo o modelo cooperativista na organização da classe musical e na defesa de seus interesses, firmando a presença da instituição nas mais importantes feiras de negócios do mundo. Paralelamente às suas atividades como presidente da Cooperativa de Música, é pianista, arranjador, letrista e compositor. Ao lado da cantora Ana Luiza, sua parceira musical desde 1994, é gestor de seu próprio trabalho artístico e vem desenvolvendo sua carreira musical também no Japão, América Latina e Europa.


Em São Paulo, sistema fortalece museus do Estado


O Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP) foi criado em 1986 com o objetivo de reunir e articular os museus do Estado sem interferir na autonomia administrativa, jurídica e cultural de cada um deles, em busca do desenvolvimento e fortalecimento institucional dos museus paulistas. É coordenado pela Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico da Secretaria de Estado da Cultura (UPPM) e atualmente reúne 415 equipamentos, entre públicos e privados, em 190 municípios.

Entre suas atribuições, o Sistema promove exposições itinerantes por meio de parcerias com as prefeituras e/ou instituições culturais. As mostras temporárias possibilitam a difusão dos acervos e produções - que na maior parte das vezes só são vistos na capital - pelo interior e litoral do Estado de acordo com a especificidade de cada região e o perfil de cada unidade.

Outra ação são os estudos detalhados sobre cada equipamento, desde as características físicas, históricas e sociais das cidades em que estão localizados. A análise permite a realização de atividades que atendam às necessidades locais e dão suporte as itinerâncias das exposições.

Programas de formação, capacitação e aperfeiçoamento técnico de profissionais; projetos de preservação, segurança, documentação, pesquisa, intercâmbio e divulgação do patrimônio museológico e cultural; e programas culturais e educativos em geral, além de convênios entre os museus do Estado e instituições nacionais e internacionais, com a intenção de aprimorar e valorizar as instituições e seus acervos, também são feitos pelo Sistema.

O SISEM-SP é constituído por um Grupo Técnico, composto por uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Cultura, e um Conselho de Orientação, composto por representantes de diversos órgãos e entidades do governo e da sociedade civil. O Sistema conta ainda com a atuação de coordenadores regionais eleitos pelos próprios profissionais da área, que atuam nas 15 regiões administrativas paulistas.

Museu Casa de Portinari, em Brodowski
Para auxiliar e reforçar a atuação do SISEM-SP a Secretaria de Estado da Cultura conta com o suporte de organizações sociais de cultura. A Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (ACAM Portinari), em Brodowski - única organização social de cultura no interior - é a principal parceira da SEC para viabilizar as itinerâncias, capacitações e outras atividades do Sistema no Estado.

Mais informações: www.sisemsp.org.br

Palestrante: João Baptista Pimentel Neto

É jornalista, produtor cultural, cineclubista e blogueiro. Atual presidente do Congresso Brasileiro de Cinema (CBC) e Diretor de Comunicação do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC). É, ainda, Diretor de Programação e Eventos da Associação de Difusão Cultural de Atibaia e Produtor Executivo do Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual (FAIA). É Membro do Comitê Consultivo da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Assessor de Cultura do Gabinete do Prefeito da Prefeitura da Estância de Atibaia. Membro do Conselho Deliberativo da Coalizão Brasileira Pela Diversidade Cultural (CBDC). Editor do site Observatório Cineclubista Brasileiro. Em sua trajetória de militante cineclubista, iniciada em 1983, Pimentel exerceu diversos cargos em entidades cineclubistas, dentre os quais merecem destaque o de presidente do Centro Rio Clarense de Estudos Cinematográficos (1986/2008), coordenador do Projeto Intercine III (1986), secretário geral da Federação Paulista de Cineclubes (1985/1988), tesoureiro do CNC (2004/2006), secretário geral do CNC (2007/2010), entre outros. Foi Coordenador Executivo da Ação Cine Mais Cultura (2009/2010) e produtor executivo de eventos na área cineclubista, como os Encontros Ibero Americanos de Cineclubes e a Jornada Nacional de Cineclubes.


Célia Corsino fala sobre museus e patrimônio


No dia 11 de agosto, às 9h, a museóloga Célia Maria Corsino vai ministrar a palestra "Patrimônio Cultural Imaterial". Veja o que ela adiantou sobre o assunto.

 - Qual é a importância do debate proposto pelo 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios?

Muito grande, principalmente por mostrar para todos a força e importância do trabalho realizado nos pequenos e médios municípios. Este trabalho tem crescido muito, mas ainda não atinge todos e tem o mérito de atingir, proporcionalmente, mais pessoas que nas grandes cidades.

- A falta de profissionais do setor de museus, ou mesmo a inexistência de técnicos de nível médio capacitados para o exercício das atividades, podem explicar a inexistência desses espaços em muitos dos municípios brasileiros do interior? Como superar essa situação?

Sem dúvida a falta de técnicos é um limitador, mas só este fator não pode explicar a inexistência de museus. Em toda cidade tem grupos e pessoas que se interessam pela história da cidade e seu patrimônio. Pode-se iniciar um trabalho de identificação do patrimônio e das referências culturais, que depois estariam em um museu com alunos. O estado de Minas Gerais tem muitas ações neste sentido. Lá, o que impulsiona é a distribuição do ICMS, chamada "Lei Robin Hood". Tem dado certo, mas é um trabalho de mais de 15 anos. Uma vez identificado o patrimônio, o passo seguinte, quase naturalmente, é a instalação de pequenos museus municipais.


- Considerando que, no interior do país, pequenos e médios municípios tem sua economia apoiada, basicamente, na agricultura e pecuária, como você vê a preservação do universo cultural dessas comunidades?

A preservação será realizada por meio de inventários e museus de sítio ou território onde os objetos, testemunhos e as referências culturais desta sociedade rural e agrária  estarão disponíveis para o público. Sabemos que MUSEUS ainda não são considerados importantes e prioritários nestas comunidades, mas se estiverem alicerçados em um programa consistente de educação patrimonial a ser desenvolvido pelos jovens, com certeza terão uma vida maior.

 - Em relação às cidades litorâneas, o interior do país é muito jovem. Em que medida essa “juventude” dificulta a preservação do patrimônio dessas localidades? Como incutir na população a necessidade de preservar o registro do tempo nesses locais?

Cidade de Goiás
Trata-se da discussão sobre os tempos que, com as novas tecnologias, está ultrapassada. Veja: no século XIX, para buscar como exemplo a arquitetura, uma tendência levava de 30 a 50 anos para chegar ao interior de Goiás. No século X, até os anos 40 levava-se uma década. Não foi à toa que Pedro Ludovico, em nome da modernidade, abandona a antiga capital – cidade de Goiás – e cria  Goiânia, cidade planejada e moderna, conectada no tempo das artes do "art deco". Hoje as noticias e as tendências chegam em segundos pelas redes sociais e de noticias.
Goiânia
Ser jovem em função da ocupação, como é o caso do noroeste do Paraná, não justifica a falta de preservação do patrimônio, pois a noção de patrimônio mudou muito e não comporta somente as coisas “antigas”, e sim os modos de ser e de viver do povo brasileiro.  Vejam no artigo 216 da Constituição Federal que a noção e conceito de patrimônio ampliaram muito. Ao contrário do que se imaginava no inicio da chamada globalização, muitas comunidades iniciaram um movimento de valorização e descoberta de suas raízes como meio de se destacar e identificar de forma própria. O respeito à diversidade cultural hoje está presente sempre no discurso e nas ações de preservação e difusão culturais.

- Na sua opinião, quais perspectivas os produtores e instituições culturais dos pequenos municípios, considerando a realidade atual de financiamento da cultura, têm para viabilizar suas atividades?

Na verdade, este é um problema ainda sem solução. As perspectivas podem ser melhores do que a realidade, mas a política de mecenato ainda está voltada para os grandes centros. Talvez o apoio local, bem estruturado e em cooperativas seja uma solução. Existe um nicho ainda pouco explorado pelos produtores e captadores para o financiamento de projetos, são as pessoas físicas que também pagam imposto. Com a criação de empregos e novas pequenas empresas, que saem da informalidade, poder-se-ia incrementar campanhas neste sentido, mas um problema são os incentivos concorrentes. Muitas vezes uma indústria se instala no interior já com incentivos e não tem margem para aplicar no apoio a projetos culturais. Outro problema que, creio, dificulta é o custo muito alto de todas as atividades em comparação com outros países, o que eleva os valores dos projetos.

- Considerando o modelo da Lei Rouanet, quais medidas poderiam ser tomadas como indutoras para que os grandes patrocinadores nacionais – principalmente as estatais – busquem apoiar iniciativas em museus de pequenos municípios? Seriam necessários editais direcionados a esse público?

Acredito nos editais.

Palestrante: Sandra C. A. Pelegrini

Defendeu sua tese de doutoramento em História Social pela Universidade de São Paulo e desenvolveu os estudos de seu 1º. Pós - Doutorado no Núcleo de Estudos Estratégicos da UNICAMP. Coordena o Museu Bacia do Paraná (MBP), o Centro de Estudos das Artes e do Patrimônio Cultural (CEAPAC/UEM) e o Programa de Memórias da UEM (PRO-CMU). Desde 1991, como docente do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá, atua no ensino de graduação e pós-graduação em História e também nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Artes Visuais. Desenvolve pesquisas que resultaram na publicação de livros, capítulos de coletâneas e artigos científicos em revistas especializadas brasileiras e estrangeiras. É consultora de editoras como a Edunesp/SP; parecerista de revistas científicas especializadas em História e consultora do Organismo Nacional de Ciencia y Tecnología - Programa Iberoamericano de Ciencia e Tecnología para o Desarollo Madrid, España (CYTED). Entre os livros publicados recentemente destacam-se "Patrimônios e Museus: perspectivas e desafios" (Maringá: CEAPAC/MBP, 2010); "Patrimônio Histórico Cultural" (Rio de Janeiro: Zahar, 2011); "O que é patrimônio cultural imaterial" (São Paulo: Brasiliense, 2011); "Patrimônio Cultural e Ambiental. Questões Legais e Conceituais" (São Paulo: Annablume, 2009); "Turismo & Patrimônio em tempos de globalização" (Campo Mourão: Editora Fecilcam, 2010); "Tempo, Memória e Patrimônio Cultural" (Piauí: Editora da Universidade Federal do Piauí/IPHAN, 2010) e "Prospecções sobre a história e o patrimônio paranaense" (Maringá: CEAPAC/MBP/Massoni, 2011).


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Patrimônio, preservação da cultura


Rosina Coeli Alice Parchen, coordenadora de patrimônio cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, vai participar do 1º FNPCM no dia 10, às 16h, na mesa "Questões do Patrimônio Cultural em Pequenos e Médios Municípios". Sobre esse assunto, ela respondeu algumas perguntas prévias.

- Como pautar a discussão sobre a preservação do patrimônio cultural em cidades tão novas como Maringá, que tem apenas 65 anos?


Hotel Bandeirantes, tombado pelo Estado do PR em 2004
O Patrimônio Cultural não é considerado pela idade que possui. O edifício do Hotel Bandeirantes Maringá, por exemplo, expressão da arquitetura moderna, está protegido pelo tombamento desde 2004. Assim muitos outros bens contemporâneos integram a lista dos reconhecidos Patrimônios Culturais, nos estados e no Brasil. Brasília, por exemplo, além de ser tombada pelo IPHAN é também Patrimônio da Humanidade, reconhecido pela UNESCO.



- De que forma a sociedade pode promover ou solicitar a preservação do patrimônio cultural?
"A comunidade é a melhor guardiã de seu patrimônio", frase de Aluisio Magalhães, precursor da preservação no Brasil.
Qualquer cidadão ou grupo pode solicitar o tombamento daquilo que julgar ser importante como representação de sua cultura. Feita a solicitação aos órgãos competentes, estes farão a pesquisa que justifique a importância do bem para aquela comunidade. Os tombamentos podem se dar nos três níveis de governo, municipal, estadual e federal, conforme o grau de seu significado para cada instância de governo.
No Paraná, esta atividade é desenvolvida pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural, da Secretaria de Estado Da Cultura.

- Considerando que, no interior do país, pequenos e médios municípios tem sua economia apoiada, basicamente, na agricultura e pecuária, como você vê a preservação do universo cultural dessas comunidades?
Nestas regiões estão, sem dúvida, muito presentes, os bens de natureza IMATERIAL, que são os saberes, os fazeres e as manifestações culturais próprias de cada região.
Há também nestas áreas um excepcional conjunto de bens arqueológicos; bens materiais, como sedes de antigas fazendas, pousos e invernadas, antigos caminhos, locais de beleza natural e paisagística, entre tantos outros dentro desse imenso universo cultural, que de fato proteger tudo se torna inviável. Por essa razão é que a proteção se dá naqueles bens que a comunidade tem interesse e que é de importância para ela.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Palestrante: José La Pastina Filho

Formado em Arquitetura pela Universidade Federal do Paraná e especialista em Restauração pela Universidade de São Paulo. É superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/PR). É professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR desde 1980 e secretário geral do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios -ICOMOS/BRASIL. É autor de vários projetos de restauração no Paraná, entre eles o da Casa Lacerda, do Theatro São João, na Lapa e da Fortaleza da Ilha do Mel. É autor do “Manual de Conservação de Telhados”, publicado pelo Iphan em 2005. Publicou também os artigos "Plantadores de Urbes", no livro “Tradição/Contradição” (SEEC/PR, Curitiba - PR, 1986) e "Tanque de Guerra", no livro “300 e Tantas Histórias de Curitiba: Coletânea” (Artes & Textos, Curitiba - PR 2002).


Palestrante: Eugênio de Ávila Lins

Arquiteto formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem especialização em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos. É mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA e doutor em História da Arte pela Universidade do Porto. Fez o projeto para o Tombamento pela UNESCO da Cidade de Salvador como “Patrimônio de Humanidade”; o projeto de delimitação das áreas de proteção do município de Porto Seguro, entre outros projetos importantes. Foi membro do Comitê de Consultores do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD/UNESCO – “Conservação de Bens Culturais no Brasil”, em 1989 e 1990 e participou de várias outras comissões, comitês e conselhos. É o atual Presidente do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - ICOMOS/Brasil.

Saiba mais sobre a Cooperativa Cultural Brasileira


Marília de Lima, presidente da Cooperativa Cultural Brasileira (CCB), virá ao 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios para participar da mesa Gestão de Instituições e Projetos Culturais, no dia 09 às 14h.
Para se preparar para a conversa, saiba um pouco mais sobre a Cooperativa que ela preside desde 2008. A entrevista abaixo foi concedida ao site Encontros Cooperativos e aborda as ações e os desafios para apresentar o sistema cooperativista como uma solução para os problemas do mercado cultural e também como uma ferramenta indispensável para a formalização e reconhecimento dos profissionais da cultura.

Quando foi fundada a Cooperativa Cultural Brasileira e qual é o seu objetivo?
A Cooperativa Cultural Brasileira nasceu Cooperativa dos Profissionais da Música (COOPROMU) e foi fundada em 05 de maio de 2004 com o objetivo de formalizar o trabalho de músicos que prestavam serviço em diversos locais como SESCs, prefeituras, um projeto do estado de São Paulo chamado Projeto Guri e as Oficinas Culturais de São Paulo. Com o passar do tempo e as novas necessidades destes músicos e seus parceiros, em trabalhar em outros setores da cultura, a cooperativa foi reestruturada e renomeada. Hoje a Cooperativa Cultural Brasileira tem como objetivo ser uma ferramenta para formalizar, divulgar, organizar e fomentar o trabalho dos diversos profissionais da cultura.

Como funciona a dinâmica de relacionamento entre a cooperativa e seus cooperados?
Nosso principal lema é a transparência nas ações e intenções de tudo o que fazemos ou queremos fazer. É bastante complicado manter um relacionamento ativo com todos os cooperados, mas adotamos alguns canais de comunicação que tem gerado um feedback interessante. Nossos canais de comunicação:
- o site direcionado para os Cooperados, que é o www.coopcultural.org.br, onde todo o nosso material institucional está à disposição, matérias sobre cultura, editais abertos, parcerias, eventos realizados, fotos, etc. Além disso, tem o portal do cooperado, onde o mesmo pode ver seus demonstrativos de produção, demonstrativo de IR, etc.
- o site www.pontodecultura.com.br, que comercializará todos os produtos e serviços dos cooperados, além de disponibilizar informações sobre o mercado cultural.
- web-informativo semanal enviado a todos os cooperados e parceiros.
- jornal “O Toque”, publicação parceira com edição semestral.
- além de estarmos em todos os sites de relacionamento na internet com um canal direto junto aos cooperados.
Além disso, realizamos eventualmente em todo o interior de São Paulo e outros estados cursos gratuitos sobre Cooperativismo, Cultura, Projetos Culturais, Administração da carreira, etc. Hoje, nossas assembleias anuais são feitas também por vídeo conferência, via internet, para atingir um número maior de cooperados. O projeto para este ano é que todos os cooperados tenham seu certificado digital e participem em suas casas das assembleias, as quais pretendemos que sejam semestrais.


Você acredita que o cooperativismo cultural no Brasil pode ser tão forte como o cooperativismo de outras áreas, como por exemplo, o da saúde? Que fatores o impedem de alcançar seu pleno desenvolvimento?
Sim. Acredito que o cooperativismo cultural pode e deve sim se fortalecer como a área da saúde. O cooperativismo na área cultural vem como a grande solução, pois é um caminho melhor do que “emprestar” notas fiscais de outras empresas onde não poderá comprovar vínculo formal ou abrir sua própria empresa, pois a maioria dos profissionais desta área não tem experiência administrativa-jurídica-financeira e a cooperativa o ajuda nisso. O mercado da Cultura engloba não só as belas artes como teatro, dança, circo, música, artes plásticas e literatura, mas também eventos, educação, esporte, turismo, lazer, entre outros, que trabalham com patrimônio, culinária etc. A cultura é o que dá “raiz” a um povo, é o seu código. No Brasil existem hoje mais e mais investimentos para a área da cultura. Só em São Paulo serão investidos mais de 300 milhões em um grande teatro para a dança. Todos os novos shoppings que estão sendo construídos têm agora uma sala para teatro, além do cinema. O Ministério da Cultura (MinC) em suas ações tem criado projetos que, de norte a sul, tem aumentado o “consumo” da cultura no país e este é ainda menos de 10% do seu potencial. O Ministério também fomenta cada vez mais as produções cinematográficas. O turismo investe diariamente em cultura como apelo para os roteiros. A educação rediscute e se volta para a necessidade de aliar cultura à educação e já conta com uma verba de 25% do orçamento para este investimento. A produção de livros, CDs, sites culturais e produtos culturais tem crescido numa média de mais de 20%. O mercado internacional investe cada vez mais na cultura do Brasil. O Brasil é a “Bola da vez” no mercado internacional e a melhor forma de relacionamento é começar pela cultura. O Brasil tem em si inúmeras manifestações culturais, e mistura destas, de outros países o que possibilita inúmeros projetos. O desenvolvimento social também trabalha a cultura como foco. Teremos Copa do Mundo e Olimpíadas nos próximos anos e a movimentação já começou. E muitas outras informações referenciais que podem nos dar uma visão abrangente deste mercado nacional, além das referências, exemplos e necessidades internacionais.

Como fundadora da Federação Brasileira das Cooperativas de Cultura (FEBRACCULT), fale sobre os objetivos da Federação e da sua importância para o intercooperativismo.
As cooperativas de Cultura estão hoje alocadas ou no ramo do trabalho ou no ramo da produção. São cooperativas de profissionais da cultura, de artesanato, etc. A grande importância da FEBRACCULT é mostrar como o trabalho desta área é diferente das cooperativas “normais” de trabalho ou de produção e o nosso apelo cultural. Assim como as cooperativas de saúde se correspondem e orientam pelos órgãos governamentais fiscalizadores da saúde, os da área agrícola para os órgãos da agricultura etc, apesar de também serem cooperativas de trabalhadores. As cooperativas de cultura se organizam, se programam, respondem e participam de acordo com as ações e organizações do Ministério da Cultura.  A Federação Brasileira das Cooperativas de Cultura (FEBRACCULT) fortalecerá este mercado e discutirá os problemas afins a estas cooperativas. A intercooperação já é um fato no mundo da cultura, os profissionais não são fixos, não estão estáticos. Tudo circula e para isso o intercâmbio, as redes, a intercooperação será de grande ajuda, no mercado nacional e internacional. Os artistas já se cooperam informalmente há séculos. Iremos agora fomentar a melhor forma de formalização que acreditamos ser através do cooperativismo.

Quais são as expectativas em relação ao papel da Cooperativa Cultural Brasileira no mercado cultural e os planos e metas para o futuro?
Fortalecer a marca “COOPERATIVA CULTURAL BRASILEIRA”. Sermos cada vez mais transparentes. Atender mais e melhor nossos sócios-cooperados. Ajudar na estruturação do mercado cultural.
Para isso, criamos na Cooperativa Cultural Brasileira a “incubadora de cooperativas” que fomenta a criação de outras cooperativas Culturais em todo o país através de núcleos já existentes na CCB. O objetivo é que estas sejam autossustentáveis e regionais para que exista uma maior participação e um trabalho mais eficaz. Já temos hoje em andamento a criação de uma Cooperativa Cultural Brasileira em cada região do Brasil. Recife, Salvador, Sul de Minas, Rio de Janeiro, Curitiba, Cuiabá e cidades do interior de SP são alguns locais que já se organizaram.  Queremos participar ativamente da formatação deste mercado que já existe, mas ainda faltam leis, regulamentação, planejamento e projetos específicos. Cultura é um direito de todos, mas que chega a poucos.


Palestrante: João Paulo Marôpo


Gestor Cultural formado pela Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri, uma entidade filantrópica e cultural com sede em Nova Olinda (Ceará) cuja missão é formar crianças e jovens em protagonismo e gestão juvenil nas áreas de Memória, Comunicação, Artes e Turismo. Fotógrafo com especialidade em fotografia da natureza. Tem formação na área de edição de imagens, vídeo e cinema. Graduando em Biologia, é membro da equipe de gestão em arqueologia da Fundação Casa Grande, onde desenvolve o programa de gestão e conservação ambiental dos sítios arqueológicos e mitológicos da Chapada do Araripe. Na Fundação, também foi membro do Conselho Cultural da Fundação Casa Grande (2004/2006), Gerente do Laboratório de Fotografia e Gerente de Meio Ambiente.