terça-feira, 31 de julho de 2012

Palestrante: Sérgio Mamberti


Ator, diretor, artista plástico e produtor.  Iniciou sua carreira em 1956. Formado pela Escola de Arte Dramática em 1961, tem participado ao longo de quase 50 anos de carreira de alguns dos mais significativos e polêmicos momentos da cena cultural brasileira. Ao todo são mais de 70 peças teatrais; 38 longa metragens; 26 telenovelas, além de inúmeras participações em eventos culturais e outros programas de televisão. Assinou a direção de sete peças de teatro, de vários shows musicais e espetáculos de dança, além de atuar como produtor em vários desses eventos.  Responsável pela direção artística do Projeto Cultural do Teatro Crowne Plaza em São Paulo de 1990 a 2008. Reconhecido publicamente como ostensivo defensor da cultura nacional, colocando-se sempre à frente das mais diversas manifestações dos meios artísticos, intelectuais e políticos. Atuou na Coordenação do Comitê de Cultura do Partido dos Trabalhadores, durante a elaboração do Programa de Governo da candidatura do Presidente Lula em 1994 e do Programa de Governo 2002. Faz parte da Secretaria Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores.  Em 2001, recebeu a Medalha Tiradentes, a mais alta condecoração do Estado do Rio de Janeiro. Em 2005 foi agraciado pelo Estado de Minas Gerais com a Grande Medalha da Inconfidência.  No Ministerio da Cultura desde 2003, foi Secretário de Música e Artes Cênicas, Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, Presidente da Fundação Nacional da Arte (Funarte). Atualmente é Secretário Nacional de Políticas Culturais.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sertão do Ceará, solo fértil da cultura regional

Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri
A Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri é uma entidade filantrópica e cultural com sede em Nova Olinda (Ceará), município com aproximadamente 15 mil habitantes, a 560 km de Fortaleza. Os idealizadores deste projeto são os músicos Alemberg Quindins e Rosiane Limaverde, que deram o pontapé inicial na realização deste sonho após receberem um prêmio em Maringá, no Festival de Música Cidade Canção.

João Paulo Marôpo, membro da diretoria da Fundação, virá ao 1° Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios para participar de duas mesas: Gestão de Instituições e Projetos Culturais, no dia 9, às 14h, e Perspectivas para os museus dos pequenos e médios municípios, no dia 11, às 10h30. Nas duas oportunidades, Marôpo vai compartilhar a experiência deste projeto bem sucedido que vem fazendo diferença em sua região de atuação.

Saiba mais

Criada em 1992 a partir da restauração da primeira casa de Nova Olinda, a Fundação Casa Grande tem como missão formar crianças e jovens nas áreas de memória, comunicação, artes e turismo. Para tanto, são desenvolvidas atividades de complementação escolar por meio dos laboratórios de Conteúdo (gibiteca, DVDteca, discoteca, biblioteca e sala de informática) e Produção (memorial/museu, laboratório de TV, rádio comunitária, editora que produz gibis e jornal e oficinas de teatro), buscando a formação interdisciplinar e a sensibilização do ver, do ouvir, do fazer e do conviver.


Escola de Comunicação da Meninada do Sertão
Para realizar tantas atividades, a fundação criou a Escola de Comunicação da Meninada do Sertão, construída no prédio que abrigou a primeira escola de Nova Olinda.

Após um processo de restauração, na escola, além dos laboratórios de rádio, TV, editora e internet, é mantida a rede de crianças comunicadoras em língua portuguesa, unindo Brasil, Moçambique e Angola, com apoio da UNICEF.


Teatro Violeta Arraes - Engenho de Artes Cênicas

O Teatro Violeta Arraes - Engenho de Artes Cênicas tem projeto de Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa, homenageando o conjunto arquitetônico dos engenhos de rapadura da região do Cariri, berço cultural do Ceará. Lá são oferecidos cursos nas áreas de direção de espetáculos, sonoplastia, iluminação, cenário e roadie. Com uma programação aberta ao público, o espaço exibe semanalmente espetáculos nas áreas de música, dança, cineclube e teatro, buscando a formação de plateia e de gestores culturais.



Há ainda a Cooperativa Mista dos Pais e Amigos da Casa Grande (COOPAGRAN), formada pelos pais dos meninos e meninas que integram a Fundação. Os cooperados produzem e comercializam suvenires e artesanatos, mantém lojinha, cantina, bodeguinha,  pousadas domiciliares e serviços de transporte.

A coreógrafa Pina Bausch visita a Casa Grande
A Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri recebeu muitos prêmios, entre eles o Summer of Goodwill New York Time Warner (1996); Prêmio Fellow  Empreendedor Social Ashoka (2002); Prêmio UNICEF Criatividade Patativa do Assaré - Projeto mais criativo e melhor projeto de educação (2002); Prêmio Cláudia - Editora Abril (2002); Comenda da Ordem do Mérito Cultural - Ministério da Cultura (2004); Diploma de Cavaleiro da Ordem do Mérito Cultural (2004); Troféu Cidadão de Responsabilidade Cultural - Secretaria da Cultura do Ceará (2006); Prêmio Orilaxé Direitos Humanos - Grupo Cultural AfroReggae (2008);  Prêmio Valores do Brasil - Educação e Geração de Conhecimento - Banco do Brasil (2008); Prêmio Crianças do Mundo Children´s World etc.

O arquivo de imagens da Fundação tem registros de visitas ilustres como Pina Bausch, Gilberto Gil, Lobão, Arnaldo Antunes, Luciano Huck, Cacá Carvalho, Mariana Ximenes, Guel Arraes, Ivaldo Bertazzo, Zeca Baleiro, Rosy Campos, Luis Carlos Barreto, Jorge Mautner, Belchior, Geraldo Azevedo e Regina Casé, entre outros.

Bate-papo

João Paulo Marôpo, diretor da Fundação Casa Grande.

- Como surgiu a ideia da Fundação Casa Grande?

O projeto surgiu da música, com a intenção de montar um centro de cultura e memória voltado para jovens, mas aí as crianças – tem muita criança em cidade pequena - tomaram conta do projeto logo durante a criação e as atividades foram acontecendo no decorrer do tempo, de acordo com a necessidade.

- Quais obstáculos surgiram e como vocês os enfrentaram/enfrentam?

Um deles, que ainda persiste, é a manutenção (água, energia etc.), mas a gente sempre tem que enxergar acima dos obstáculos, e é isso o que estamos fazendo.

- Neste sentido, com quem vocês podem contar?

Ao longo desses anos tivemos muitos parceiros, como prefeitura, instituições públicas e privadas e pessoas físicas.

- Financeiramente, como a Fundação se mantém em pé hoje em dia?

Temos parcerias com outras instituições, com o poder público municipal e recebemos doações de pessoa física. Também já tivemos recursos do programa Ponto de Cultura, do Ministério da Cultura.

- Na sua opinião, qual é a importância do debate proposto pelo 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios?

Fundamental, pois é um momento de compartilhar conhecimentos e experiências no sentido de encontrar soluções para desenvolver atividades comuns.

domingo, 29 de julho de 2012

Palestrante: Tuchaua Pereira Rodrigues

Formado em Administração de Empresas e Administração Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Ciências Jurídicas e Sociais Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Desde 1997 integra a Câmara Rio-Grandense do Livro, entidade que realiza a Feira do Livro de Porto Alegre. Tanto na entidade quanto no evento já atuou em variadas funções. Atualmente é Coordenador do Programa do Livro Popular por meio do Convênio Fundação Biblioteca Nacional/Ministério da Cultura e Câmara Rio-Grandense do Livro e Membro da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Palestrante: Marcelo Seixas

Formado em Arquitetura pela UFRJ. Trabalhou como Gestor Público e na iniciativa privada na área de TI voltada para o setor cultural. Especialista em elaboração e desenvolvimento de projetos. Produtor Cultural e atualmente Gestor do Instituto Museu Memória e Vida Rural de Jussara.  





Palestrante: Karina Muniz Viana

Bacharel em Gravura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Especialista em Gestão da Informação e Inovações Tecnológicas pelo Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão (IBPEX). Gestora Museológica da Coordenação do Sistema Estadual de Museus (COSEM) da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC). É responsável pelo planejamento e elaboração do Plano Gestor Museológico 2011 – 2014 do Estado do Paraná.
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Palestrante: Débora Aquino

Atuante nesta área desde 1988. Já participou de diversos trabalhos como atriz, diretora de teatro, figurinista, diretora de arte, gestora de instituições, gestora de projetos culturais e coordenadora de produção. Em 1990 se engajou na luta pela preservação do bioma Cerrado, trabalhando na extinta SEMATEC (Secretaria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia), desenvolvendo vários projetos de educação ambiental. De 1995 a 1997 foi Diretora de Cultura da regional administrativa de Taguatinga. Entre 1997 e 2001 foi presidente, atriz e produtora do Celeiro das Antas. Em 2000, junto com grupos e artistas do Distrito Federal, mobiliza e funda a Cooperativa Brasiliense de Teatro, realizando vários projetos em comunidades do DF. Em 2001 montou o grupo Casa de Farinha com outros músicos, com o qual ganhou o prêmio TIM de melhor grupo regional em 2005. Em 2002 fundou a Associação Cultural Ossos do Ofício – Confraria das Artes, a qual presidiu de 2002 a 2011. Atualmente é Coordenadora de Difusão Cultural da Regional Funarte Brasília.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Palestrante: Cristina Maseda

Formada em jornalismo pela Universidade de Taubaté, tem especialização em Produção Audiovisual pela Escuela de Imagen y Sonido, de La Coruna/Espanha. É pós-graduada em Estilo Documentário e tem doutorado em Meios Audiovisuais pela Universidad de Santiago de Compostela.Trabalha desde 2003 na Associação Casa Azul como coordenadora do Núcleo de Educação e Cultura, da Flipinha (programação infantil) e da FlipZona (programação jovem da FLIP). Realiza a comunicação local da Festa Literária Internacional de Paraty. É mestranda em Políticas Públicas em Educação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.É coordenadora técnica do Ponto de Cultura – literatura e patrimônio, da Associação Casa Azul, gestora do projeto Mar de Leitores, transformando Paraty numa cidade de leitores, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Paraty. Participa da Comissão Organizadora do Movimento por um Brasil Literário. É sócia proprietária da empresa cultural Arte 3 - Cultura, Educação e Comunicação. Elaborou e faz a coordenação geral de três projetos: Máscaras de Paraty, Galpão do Carnaval e Paraty: carnaval das máscaras.


Palestrante: Margarete Moraes

Formada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem Especialização em “Artes Plásticas: Suportes Científicos e Práxis” pela Pontifícia Universidade Católica/RS. Foi educadora da rede pública entre os anos de 1976 e 1990. Foi Coordenadora de Artes Plásticas da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. Foi Secretária de Cultura de Porto Alegre entre 1995 e 2003, vereadora por dois mandatos na Câmara Municipal e recentemente assessorou o recém-criado Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), do Ministério da Cultura, em Brasília. Vem recebendo muitas homenagens pelos trabalhos realizados. Em 2011 assumiu a Representação Regional Sul do Ministério da Cultura, que abrange os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com sede em Porto Alegre, com a missão de representar o Ministério e de trabalhar na implementação e acompanhamento das políticas culturais.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Palestrante: Luis Felipe Gama

Presidente e sócio-fundador da Cooperativa de Música, entidade sediada em São Paulo que congrega atualmente 1800 sócios, entre músicos, cantores, compositores, arranjadores, professores de música, produtores e técnicos. Luis Felipe Gama representa os interesses de seus associados em todas as esferas (municipal, estadual e federal), de atuação política, bem como participa de conferências e seminários na América Latina e Europa, difundindo o modelo cooperativista na organização da classe musical e na defesa de seus interesses, firmando a presença da instituição nas mais importantes feiras de negócios do mundo. Paralelamente às suas atividades como presidente da Cooperativa de Música, é pianista, arranjador, letrista e compositor. Ao lado da cantora Ana Luiza, sua parceira musical desde 1994, é gestor de seu próprio trabalho artístico e vem desenvolvendo sua carreira musical também no Japão, América Latina e Europa.


Em São Paulo, sistema fortalece museus do Estado


O Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP) foi criado em 1986 com o objetivo de reunir e articular os museus do Estado sem interferir na autonomia administrativa, jurídica e cultural de cada um deles, em busca do desenvolvimento e fortalecimento institucional dos museus paulistas. É coordenado pela Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico da Secretaria de Estado da Cultura (UPPM) e atualmente reúne 415 equipamentos, entre públicos e privados, em 190 municípios.

Entre suas atribuições, o Sistema promove exposições itinerantes por meio de parcerias com as prefeituras e/ou instituições culturais. As mostras temporárias possibilitam a difusão dos acervos e produções - que na maior parte das vezes só são vistos na capital - pelo interior e litoral do Estado de acordo com a especificidade de cada região e o perfil de cada unidade.

Outra ação são os estudos detalhados sobre cada equipamento, desde as características físicas, históricas e sociais das cidades em que estão localizados. A análise permite a realização de atividades que atendam às necessidades locais e dão suporte as itinerâncias das exposições.

Programas de formação, capacitação e aperfeiçoamento técnico de profissionais; projetos de preservação, segurança, documentação, pesquisa, intercâmbio e divulgação do patrimônio museológico e cultural; e programas culturais e educativos em geral, além de convênios entre os museus do Estado e instituições nacionais e internacionais, com a intenção de aprimorar e valorizar as instituições e seus acervos, também são feitos pelo Sistema.

O SISEM-SP é constituído por um Grupo Técnico, composto por uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Cultura, e um Conselho de Orientação, composto por representantes de diversos órgãos e entidades do governo e da sociedade civil. O Sistema conta ainda com a atuação de coordenadores regionais eleitos pelos próprios profissionais da área, que atuam nas 15 regiões administrativas paulistas.

Museu Casa de Portinari, em Brodowski
Para auxiliar e reforçar a atuação do SISEM-SP a Secretaria de Estado da Cultura conta com o suporte de organizações sociais de cultura. A Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari (ACAM Portinari), em Brodowski - única organização social de cultura no interior - é a principal parceira da SEC para viabilizar as itinerâncias, capacitações e outras atividades do Sistema no Estado.

Mais informações: www.sisemsp.org.br

Palestrante: João Baptista Pimentel Neto

É jornalista, produtor cultural, cineclubista e blogueiro. Atual presidente do Congresso Brasileiro de Cinema (CBC) e Diretor de Comunicação do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC). É, ainda, Diretor de Programação e Eventos da Associação de Difusão Cultural de Atibaia e Produtor Executivo do Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual (FAIA). É Membro do Comitê Consultivo da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Assessor de Cultura do Gabinete do Prefeito da Prefeitura da Estância de Atibaia. Membro do Conselho Deliberativo da Coalizão Brasileira Pela Diversidade Cultural (CBDC). Editor do site Observatório Cineclubista Brasileiro. Em sua trajetória de militante cineclubista, iniciada em 1983, Pimentel exerceu diversos cargos em entidades cineclubistas, dentre os quais merecem destaque o de presidente do Centro Rio Clarense de Estudos Cinematográficos (1986/2008), coordenador do Projeto Intercine III (1986), secretário geral da Federação Paulista de Cineclubes (1985/1988), tesoureiro do CNC (2004/2006), secretário geral do CNC (2007/2010), entre outros. Foi Coordenador Executivo da Ação Cine Mais Cultura (2009/2010) e produtor executivo de eventos na área cineclubista, como os Encontros Ibero Americanos de Cineclubes e a Jornada Nacional de Cineclubes.


Célia Corsino fala sobre museus e patrimônio


No dia 11 de agosto, às 9h, a museóloga Célia Maria Corsino vai ministrar a palestra "Patrimônio Cultural Imaterial". Veja o que ela adiantou sobre o assunto.

 - Qual é a importância do debate proposto pelo 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios?

Muito grande, principalmente por mostrar para todos a força e importância do trabalho realizado nos pequenos e médios municípios. Este trabalho tem crescido muito, mas ainda não atinge todos e tem o mérito de atingir, proporcionalmente, mais pessoas que nas grandes cidades.

- A falta de profissionais do setor de museus, ou mesmo a inexistência de técnicos de nível médio capacitados para o exercício das atividades, podem explicar a inexistência desses espaços em muitos dos municípios brasileiros do interior? Como superar essa situação?

Sem dúvida a falta de técnicos é um limitador, mas só este fator não pode explicar a inexistência de museus. Em toda cidade tem grupos e pessoas que se interessam pela história da cidade e seu patrimônio. Pode-se iniciar um trabalho de identificação do patrimônio e das referências culturais, que depois estariam em um museu com alunos. O estado de Minas Gerais tem muitas ações neste sentido. Lá, o que impulsiona é a distribuição do ICMS, chamada "Lei Robin Hood". Tem dado certo, mas é um trabalho de mais de 15 anos. Uma vez identificado o patrimônio, o passo seguinte, quase naturalmente, é a instalação de pequenos museus municipais.


- Considerando que, no interior do país, pequenos e médios municípios tem sua economia apoiada, basicamente, na agricultura e pecuária, como você vê a preservação do universo cultural dessas comunidades?

A preservação será realizada por meio de inventários e museus de sítio ou território onde os objetos, testemunhos e as referências culturais desta sociedade rural e agrária  estarão disponíveis para o público. Sabemos que MUSEUS ainda não são considerados importantes e prioritários nestas comunidades, mas se estiverem alicerçados em um programa consistente de educação patrimonial a ser desenvolvido pelos jovens, com certeza terão uma vida maior.

 - Em relação às cidades litorâneas, o interior do país é muito jovem. Em que medida essa “juventude” dificulta a preservação do patrimônio dessas localidades? Como incutir na população a necessidade de preservar o registro do tempo nesses locais?

Cidade de Goiás
Trata-se da discussão sobre os tempos que, com as novas tecnologias, está ultrapassada. Veja: no século XIX, para buscar como exemplo a arquitetura, uma tendência levava de 30 a 50 anos para chegar ao interior de Goiás. No século X, até os anos 40 levava-se uma década. Não foi à toa que Pedro Ludovico, em nome da modernidade, abandona a antiga capital – cidade de Goiás – e cria  Goiânia, cidade planejada e moderna, conectada no tempo das artes do "art deco". Hoje as noticias e as tendências chegam em segundos pelas redes sociais e de noticias.
Goiânia
Ser jovem em função da ocupação, como é o caso do noroeste do Paraná, não justifica a falta de preservação do patrimônio, pois a noção de patrimônio mudou muito e não comporta somente as coisas “antigas”, e sim os modos de ser e de viver do povo brasileiro.  Vejam no artigo 216 da Constituição Federal que a noção e conceito de patrimônio ampliaram muito. Ao contrário do que se imaginava no inicio da chamada globalização, muitas comunidades iniciaram um movimento de valorização e descoberta de suas raízes como meio de se destacar e identificar de forma própria. O respeito à diversidade cultural hoje está presente sempre no discurso e nas ações de preservação e difusão culturais.

- Na sua opinião, quais perspectivas os produtores e instituições culturais dos pequenos municípios, considerando a realidade atual de financiamento da cultura, têm para viabilizar suas atividades?

Na verdade, este é um problema ainda sem solução. As perspectivas podem ser melhores do que a realidade, mas a política de mecenato ainda está voltada para os grandes centros. Talvez o apoio local, bem estruturado e em cooperativas seja uma solução. Existe um nicho ainda pouco explorado pelos produtores e captadores para o financiamento de projetos, são as pessoas físicas que também pagam imposto. Com a criação de empregos e novas pequenas empresas, que saem da informalidade, poder-se-ia incrementar campanhas neste sentido, mas um problema são os incentivos concorrentes. Muitas vezes uma indústria se instala no interior já com incentivos e não tem margem para aplicar no apoio a projetos culturais. Outro problema que, creio, dificulta é o custo muito alto de todas as atividades em comparação com outros países, o que eleva os valores dos projetos.

- Considerando o modelo da Lei Rouanet, quais medidas poderiam ser tomadas como indutoras para que os grandes patrocinadores nacionais – principalmente as estatais – busquem apoiar iniciativas em museus de pequenos municípios? Seriam necessários editais direcionados a esse público?

Acredito nos editais.

Palestrante: Sandra C. A. Pelegrini

Defendeu sua tese de doutoramento em História Social pela Universidade de São Paulo e desenvolveu os estudos de seu 1º. Pós - Doutorado no Núcleo de Estudos Estratégicos da UNICAMP. Coordena o Museu Bacia do Paraná (MBP), o Centro de Estudos das Artes e do Patrimônio Cultural (CEAPAC/UEM) e o Programa de Memórias da UEM (PRO-CMU). Desde 1991, como docente do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá, atua no ensino de graduação e pós-graduação em História e também nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Artes Visuais. Desenvolve pesquisas que resultaram na publicação de livros, capítulos de coletâneas e artigos científicos em revistas especializadas brasileiras e estrangeiras. É consultora de editoras como a Edunesp/SP; parecerista de revistas científicas especializadas em História e consultora do Organismo Nacional de Ciencia y Tecnología - Programa Iberoamericano de Ciencia e Tecnología para o Desarollo Madrid, España (CYTED). Entre os livros publicados recentemente destacam-se "Patrimônios e Museus: perspectivas e desafios" (Maringá: CEAPAC/MBP, 2010); "Patrimônio Histórico Cultural" (Rio de Janeiro: Zahar, 2011); "O que é patrimônio cultural imaterial" (São Paulo: Brasiliense, 2011); "Patrimônio Cultural e Ambiental. Questões Legais e Conceituais" (São Paulo: Annablume, 2009); "Turismo & Patrimônio em tempos de globalização" (Campo Mourão: Editora Fecilcam, 2010); "Tempo, Memória e Patrimônio Cultural" (Piauí: Editora da Universidade Federal do Piauí/IPHAN, 2010) e "Prospecções sobre a história e o patrimônio paranaense" (Maringá: CEAPAC/MBP/Massoni, 2011).


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Patrimônio, preservação da cultura


Rosina Coeli Alice Parchen, coordenadora de patrimônio cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, vai participar do 1º FNPCM no dia 10, às 16h, na mesa "Questões do Patrimônio Cultural em Pequenos e Médios Municípios". Sobre esse assunto, ela respondeu algumas perguntas prévias.

- Como pautar a discussão sobre a preservação do patrimônio cultural em cidades tão novas como Maringá, que tem apenas 65 anos?


Hotel Bandeirantes, tombado pelo Estado do PR em 2004
O Patrimônio Cultural não é considerado pela idade que possui. O edifício do Hotel Bandeirantes Maringá, por exemplo, expressão da arquitetura moderna, está protegido pelo tombamento desde 2004. Assim muitos outros bens contemporâneos integram a lista dos reconhecidos Patrimônios Culturais, nos estados e no Brasil. Brasília, por exemplo, além de ser tombada pelo IPHAN é também Patrimônio da Humanidade, reconhecido pela UNESCO.



- De que forma a sociedade pode promover ou solicitar a preservação do patrimônio cultural?
"A comunidade é a melhor guardiã de seu patrimônio", frase de Aluisio Magalhães, precursor da preservação no Brasil.
Qualquer cidadão ou grupo pode solicitar o tombamento daquilo que julgar ser importante como representação de sua cultura. Feita a solicitação aos órgãos competentes, estes farão a pesquisa que justifique a importância do bem para aquela comunidade. Os tombamentos podem se dar nos três níveis de governo, municipal, estadual e federal, conforme o grau de seu significado para cada instância de governo.
No Paraná, esta atividade é desenvolvida pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural, da Secretaria de Estado Da Cultura.

- Considerando que, no interior do país, pequenos e médios municípios tem sua economia apoiada, basicamente, na agricultura e pecuária, como você vê a preservação do universo cultural dessas comunidades?
Nestas regiões estão, sem dúvida, muito presentes, os bens de natureza IMATERIAL, que são os saberes, os fazeres e as manifestações culturais próprias de cada região.
Há também nestas áreas um excepcional conjunto de bens arqueológicos; bens materiais, como sedes de antigas fazendas, pousos e invernadas, antigos caminhos, locais de beleza natural e paisagística, entre tantos outros dentro desse imenso universo cultural, que de fato proteger tudo se torna inviável. Por essa razão é que a proteção se dá naqueles bens que a comunidade tem interesse e que é de importância para ela.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Palestrante: José La Pastina Filho

Formado em Arquitetura pela Universidade Federal do Paraná e especialista em Restauração pela Universidade de São Paulo. É superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/PR). É professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR desde 1980 e secretário geral do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios -ICOMOS/BRASIL. É autor de vários projetos de restauração no Paraná, entre eles o da Casa Lacerda, do Theatro São João, na Lapa e da Fortaleza da Ilha do Mel. É autor do “Manual de Conservação de Telhados”, publicado pelo Iphan em 2005. Publicou também os artigos "Plantadores de Urbes", no livro “Tradição/Contradição” (SEEC/PR, Curitiba - PR, 1986) e "Tanque de Guerra", no livro “300 e Tantas Histórias de Curitiba: Coletânea” (Artes & Textos, Curitiba - PR 2002).


Palestrante: Eugênio de Ávila Lins

Arquiteto formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem especialização em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos. É mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA e doutor em História da Arte pela Universidade do Porto. Fez o projeto para o Tombamento pela UNESCO da Cidade de Salvador como “Patrimônio de Humanidade”; o projeto de delimitação das áreas de proteção do município de Porto Seguro, entre outros projetos importantes. Foi membro do Comitê de Consultores do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD/UNESCO – “Conservação de Bens Culturais no Brasil”, em 1989 e 1990 e participou de várias outras comissões, comitês e conselhos. É o atual Presidente do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - ICOMOS/Brasil.

Saiba mais sobre a Cooperativa Cultural Brasileira


Marília de Lima, presidente da Cooperativa Cultural Brasileira (CCB), virá ao 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios para participar da mesa Gestão de Instituições e Projetos Culturais, no dia 09 às 14h.
Para se preparar para a conversa, saiba um pouco mais sobre a Cooperativa que ela preside desde 2008. A entrevista abaixo foi concedida ao site Encontros Cooperativos e aborda as ações e os desafios para apresentar o sistema cooperativista como uma solução para os problemas do mercado cultural e também como uma ferramenta indispensável para a formalização e reconhecimento dos profissionais da cultura.

Quando foi fundada a Cooperativa Cultural Brasileira e qual é o seu objetivo?
A Cooperativa Cultural Brasileira nasceu Cooperativa dos Profissionais da Música (COOPROMU) e foi fundada em 05 de maio de 2004 com o objetivo de formalizar o trabalho de músicos que prestavam serviço em diversos locais como SESCs, prefeituras, um projeto do estado de São Paulo chamado Projeto Guri e as Oficinas Culturais de São Paulo. Com o passar do tempo e as novas necessidades destes músicos e seus parceiros, em trabalhar em outros setores da cultura, a cooperativa foi reestruturada e renomeada. Hoje a Cooperativa Cultural Brasileira tem como objetivo ser uma ferramenta para formalizar, divulgar, organizar e fomentar o trabalho dos diversos profissionais da cultura.

Como funciona a dinâmica de relacionamento entre a cooperativa e seus cooperados?
Nosso principal lema é a transparência nas ações e intenções de tudo o que fazemos ou queremos fazer. É bastante complicado manter um relacionamento ativo com todos os cooperados, mas adotamos alguns canais de comunicação que tem gerado um feedback interessante. Nossos canais de comunicação:
- o site direcionado para os Cooperados, que é o www.coopcultural.org.br, onde todo o nosso material institucional está à disposição, matérias sobre cultura, editais abertos, parcerias, eventos realizados, fotos, etc. Além disso, tem o portal do cooperado, onde o mesmo pode ver seus demonstrativos de produção, demonstrativo de IR, etc.
- o site www.pontodecultura.com.br, que comercializará todos os produtos e serviços dos cooperados, além de disponibilizar informações sobre o mercado cultural.
- web-informativo semanal enviado a todos os cooperados e parceiros.
- jornal “O Toque”, publicação parceira com edição semestral.
- além de estarmos em todos os sites de relacionamento na internet com um canal direto junto aos cooperados.
Além disso, realizamos eventualmente em todo o interior de São Paulo e outros estados cursos gratuitos sobre Cooperativismo, Cultura, Projetos Culturais, Administração da carreira, etc. Hoje, nossas assembleias anuais são feitas também por vídeo conferência, via internet, para atingir um número maior de cooperados. O projeto para este ano é que todos os cooperados tenham seu certificado digital e participem em suas casas das assembleias, as quais pretendemos que sejam semestrais.


Você acredita que o cooperativismo cultural no Brasil pode ser tão forte como o cooperativismo de outras áreas, como por exemplo, o da saúde? Que fatores o impedem de alcançar seu pleno desenvolvimento?
Sim. Acredito que o cooperativismo cultural pode e deve sim se fortalecer como a área da saúde. O cooperativismo na área cultural vem como a grande solução, pois é um caminho melhor do que “emprestar” notas fiscais de outras empresas onde não poderá comprovar vínculo formal ou abrir sua própria empresa, pois a maioria dos profissionais desta área não tem experiência administrativa-jurídica-financeira e a cooperativa o ajuda nisso. O mercado da Cultura engloba não só as belas artes como teatro, dança, circo, música, artes plásticas e literatura, mas também eventos, educação, esporte, turismo, lazer, entre outros, que trabalham com patrimônio, culinária etc. A cultura é o que dá “raiz” a um povo, é o seu código. No Brasil existem hoje mais e mais investimentos para a área da cultura. Só em São Paulo serão investidos mais de 300 milhões em um grande teatro para a dança. Todos os novos shoppings que estão sendo construídos têm agora uma sala para teatro, além do cinema. O Ministério da Cultura (MinC) em suas ações tem criado projetos que, de norte a sul, tem aumentado o “consumo” da cultura no país e este é ainda menos de 10% do seu potencial. O Ministério também fomenta cada vez mais as produções cinematográficas. O turismo investe diariamente em cultura como apelo para os roteiros. A educação rediscute e se volta para a necessidade de aliar cultura à educação e já conta com uma verba de 25% do orçamento para este investimento. A produção de livros, CDs, sites culturais e produtos culturais tem crescido numa média de mais de 20%. O mercado internacional investe cada vez mais na cultura do Brasil. O Brasil é a “Bola da vez” no mercado internacional e a melhor forma de relacionamento é começar pela cultura. O Brasil tem em si inúmeras manifestações culturais, e mistura destas, de outros países o que possibilita inúmeros projetos. O desenvolvimento social também trabalha a cultura como foco. Teremos Copa do Mundo e Olimpíadas nos próximos anos e a movimentação já começou. E muitas outras informações referenciais que podem nos dar uma visão abrangente deste mercado nacional, além das referências, exemplos e necessidades internacionais.

Como fundadora da Federação Brasileira das Cooperativas de Cultura (FEBRACCULT), fale sobre os objetivos da Federação e da sua importância para o intercooperativismo.
As cooperativas de Cultura estão hoje alocadas ou no ramo do trabalho ou no ramo da produção. São cooperativas de profissionais da cultura, de artesanato, etc. A grande importância da FEBRACCULT é mostrar como o trabalho desta área é diferente das cooperativas “normais” de trabalho ou de produção e o nosso apelo cultural. Assim como as cooperativas de saúde se correspondem e orientam pelos órgãos governamentais fiscalizadores da saúde, os da área agrícola para os órgãos da agricultura etc, apesar de também serem cooperativas de trabalhadores. As cooperativas de cultura se organizam, se programam, respondem e participam de acordo com as ações e organizações do Ministério da Cultura.  A Federação Brasileira das Cooperativas de Cultura (FEBRACCULT) fortalecerá este mercado e discutirá os problemas afins a estas cooperativas. A intercooperação já é um fato no mundo da cultura, os profissionais não são fixos, não estão estáticos. Tudo circula e para isso o intercâmbio, as redes, a intercooperação será de grande ajuda, no mercado nacional e internacional. Os artistas já se cooperam informalmente há séculos. Iremos agora fomentar a melhor forma de formalização que acreditamos ser através do cooperativismo.

Quais são as expectativas em relação ao papel da Cooperativa Cultural Brasileira no mercado cultural e os planos e metas para o futuro?
Fortalecer a marca “COOPERATIVA CULTURAL BRASILEIRA”. Sermos cada vez mais transparentes. Atender mais e melhor nossos sócios-cooperados. Ajudar na estruturação do mercado cultural.
Para isso, criamos na Cooperativa Cultural Brasileira a “incubadora de cooperativas” que fomenta a criação de outras cooperativas Culturais em todo o país através de núcleos já existentes na CCB. O objetivo é que estas sejam autossustentáveis e regionais para que exista uma maior participação e um trabalho mais eficaz. Já temos hoje em andamento a criação de uma Cooperativa Cultural Brasileira em cada região do Brasil. Recife, Salvador, Sul de Minas, Rio de Janeiro, Curitiba, Cuiabá e cidades do interior de SP são alguns locais que já se organizaram.  Queremos participar ativamente da formatação deste mercado que já existe, mas ainda faltam leis, regulamentação, planejamento e projetos específicos. Cultura é um direito de todos, mas que chega a poucos.


Palestrante: João Paulo Marôpo


Gestor Cultural formado pela Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri, uma entidade filantrópica e cultural com sede em Nova Olinda (Ceará) cuja missão é formar crianças e jovens em protagonismo e gestão juvenil nas áreas de Memória, Comunicação, Artes e Turismo. Fotógrafo com especialidade em fotografia da natureza. Tem formação na área de edição de imagens, vídeo e cinema. Graduando em Biologia, é membro da equipe de gestão em arqueologia da Fundação Casa Grande, onde desenvolve o programa de gestão e conservação ambiental dos sítios arqueológicos e mitológicos da Chapada do Araripe. Na Fundação, também foi membro do Conselho Cultural da Fundação Casa Grande (2004/2006), Gerente do Laboratório de Fotografia e Gerente de Meio Ambiente.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Palestrante: Flor de Maria Silva Duarte


Bailarina, atriz, técnica em arte e cultura. Formada em Pedagogia e Direito, com mestrado em Estudos da Literatura e Formação do Leitor. Foi professora da Companhia Trianon e do Ballet de Maringá. É Secretária de Cultura de Maringá desde janeiro de 2005. É membro do Conselho Estadual de Editoração e Coordenadora de Cultura da Regional Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep).
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Palestrante: Marcos Cordiolli

Graduado em História pela Universidade Federal do Paraná. Mestre em Educação. Consultor em gestão do trabalho pedagógico e proposições curriculares na Educação Básica e Superior. Consultor pedagógico na área de Educação Corporativa. Foi consultor “Ad hoc” da relatoria do Plano Nacional de Educação na Câmara dos Deputados (2011).
Foi Assessor Técnico da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados (2010). Autor dos livros "Sistemas de ensino e políticas educacionais no Brasil" (Editora Ibpex, 2011) e "Currículo escolar: teorias e práticas" (Editora Mello, 2011).
Cineasta. Produtor Executivo dos filmes "O Sal da Terra", "Curitiba Zero Grau", "Brichos 2: a floresta é nossa". Assessor da diretoria da Agência Nacional do Cinema (Ancine).



Palestrante: Roberto Gonçalves de Lima

Bacharel em Filosofia pela PUC/SP. Desde 1985 atua como produtor, dramaturgo, diretor e iluminador em espetáculos de Teatro e Dança, tendo recebido diversos prêmios como Prêmio Estímulo do Governo do Estado de São Paulo, Prêmio APCA, entre outros. Gerente de Cultura da Prefeitura da Estância Turística de Ribeirão Pires. Integrou a Coordenação Geral da 1ª Conferência Municipal de Cultura de São Paulo. Foi Gerente de Participação Social da Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do Ministério da Cultura, onde foi Coordenador Executivo da 1ª Conferência Nacional de Cultura. Coordenou e organizou a publicação dos Cadernos das Oficinas do Sistema Nacional de Cultura. Coordenador Geral do Pólo Cultural “Galeria Olido”, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Coordenador do GT de Cultura do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC – SP.xx
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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Palestrante: Saskia Sá

Graduada em Comunicação Social/ Jornalismo e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. Cine-educadora com prática em Educação de nível superior e oficinas de realização (roteiro, direção, produção e formação cineclubista). Palestrante na área de Cinema e Educação, possui publicações em revistas e livros da área. É autora do livro “Vestuário Capixaba”, diário de bordo da pesquisa que deu origem ao documentário de mesmo nome. Também é diretora e roteirista dos curtas metragens de ficção "A Fuga" e "Mundo Cão" e dos documentários "Moda" e "Vestuário Capixaba". Seu próximo curta de ficção será finalizado até o final de 2012. Diretora de Produção, Assistente de Direção, Figurinista e Roteirista de vários filmes. Coordenadora e produtora da Mostra Produção Independente, da ABD Capixaba. Júri e curadora de mostras e festivais de cinema e avaliadora de diversos editais da área do audiovisual. Atualmente é vice-presidente do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC) e empresária da Horizonte Líquido – Produções Culturais.Também é coordenadora de conteúdo e de monitorias, pelo CNC, das oficinas e do Programa Cine Mais Cultura, da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Coordena também a realização dos Seminários Cineclube, Cinema e Educação em todo o Brasil.
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Palestrante: Antônio Carlos Pinto Vieira

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) e Mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Memória Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2008). Tem experiência no campo da memória social, com ênfase em estudos sobre a Cidade do Rio de Janeiro, em especial sobre as favelas e em Museologia Social, especialmente no estudo dos museus comunitários e de temática social.  De 2007 a 2010 foi conselheiro do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC) como representante da área de Museus, sendo atualmente conselheiro suplente.   Atualmente é presidente da Associação Brasileira de Museologia (ABM), membro do Conselho Nacional do Patrimônio Museológico e do Comitê do Sistema Brasileiro de Museus.  É um dos fundadores do Museu da Maré, onde atua como Coordenador e presidente do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM).
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Palestrante: Luiz Bertipaglia

Jornalista, ator, diretor e produtor de teatro. Desde 2003 é diretor artístico e geral do Festival Internacional de Londrina - FILO.  Foi curador da Mostra Internacional de Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo entre 2004 e 2010. É presidente da Associação dos Amigos da Educação e Cultura Norte do Paraná, entidade sem fins lucrativos que, além realizar o FILO, apoia vários eventos culturais e socioculturais na cidade de Londrina e região. É um dos representantes do Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil.
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Palestrante: Viviane Schüssler

Formada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com MBA em Gestão do Agronegócio pela FGV. Gerente das Instituições Coligadas (Colégio Imperatriz Dona Leopoldina, Fundação Hospital Semmelweis e Fundação Cultural Suábio-Brasileira) da Cooperativa Agrária Agroindustrial e Coordenadora da Fundação Cultural Suábio-Brasileira (Entre Rios, distrito de Guarapuava, Paraná), onde administra um Centro Cultural, um Centro de Jovens e um Museu.




Palestrante: Gabriel Simões Gobbi

É advogado, consultor e empresário. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos e Técnico em Mineração pela Escola Técnica Federal de Ouro Preto. Pós-graduado em Administração Financeira pela UNA-CPRD/MG e em Avaliações e Perícias de Engenharia pelo IMAPE/PUC/MG. Foi Secretário de Obras, de Coordenação e Planejamento, e Presidente das Comissões Especiais de elaboração do Plano Diretor, da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, de Licitações e da Planta de Valores na Prefeitura Municipal de Nova Lima/MG; Chefe do Patrimônio Imobiliário da Mineração Morro Velho (atual AngloGold Ashanti), em Nova Lima/MG; Vice Presidente e membro fundador da Comissão OAB Jovem de MG; Coordenador do Programa MONUMENTA - MinC de Ouro Preto e Presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural e Natural de Ouro Preto. Desde 2006 ocupa o cargo de Secretário Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano e de Presidente do Conselho Municipal de Política Urbana na Prefeitura Municipal de Ouro Preto - COMPURB. Em 2011, recebeu do IPHAN o prêmio nacional “Rodrigo Melo Franco de Andrade” pelo projeto “Ouro Preto Um Novo Modelo de Gestão para Cidades Históricas”, pela Prefeitura de Ouro Preto, sendo agraciado no mesmo ano, pela Câmara Municipal de Ouro Preto, com a Medalha de Mérito “João Batista Ferreira Velloso”, pelos relevantes serviços prestados na preservação do patrimônio cultural e natural de Ouro Preto.


Palestrante: Sônia Zanchetta

Jornalista formada pela PUCRS, atua também como produtora cultural. Entre 1980 e 1997, viveu no Equador, onde estagiou por dois anos na Embaixada do Brasil em Quito. Após o estágio, trabalhou, como contratada local, no Setor de Promoção Cultural da Embaixada. Integrou a diretoria da Associação de Brasileiros Residentes no Equador e foi sócia do Salão de Chá Bangalô (Quito) e do Café El Patio (Ambato), ambos com intensa atividade cultural. Por sua trajetória na área da Cultura, recebeu o título de sócia honorária da Casa da Cultura Equatoriana/Província de Tungurahua. Desde 1997, integra a comissão executiva da Feira do Livro de Porto Alegre, na qual coordena a Área Internacional e a Área Infantil e Juvenil, além do ciclo "A Hora do Educador". Em Cachoeirinha, onde reside desde 2000, manteve por seis anos o Café-Livraria Leituras e Gostosuras, que se tornou um espaço cultural da cidade. Entre 2003 e 2010, colaborou com o Diário de Cachoeirinha como colunista. Coordenou, de 2005 a 2009, o projeto “Vamos Ler”, do mesmo jornal. Também produziu eventos culturais e empresariais para vários clientes, entre os quais a MostraSindi e duas edições da MostraCachoeirinha, promovidas pelo Sindilojas. Integrou o Conselho Municipal da Cultura de Cachoeirinha em sua primeira formação em 2007.
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terça-feira, 17 de julho de 2012

Palestrante: Daniela Pfeiffer Fernandes

Formada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestre em Comunicação Social e Especialista em Comunicação e Imagem pela PUC-Rio. Coordenadora de Projetos na Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV). Conselheira do Audiovisual na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. Coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu "Produção Audiovisual: Projeto e Negócio" no Senac São Paulo, onde também ministra a disciplina 'Análise do Mercado Audiovisual'. Trabalhou durante cinco anos no acompanhamento de projetos da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Gerenciou por dois anos a área de mídias digitais da distribuidora Elo Company, onde foi responsável pelo lançamento do projeto de webTV blinkxbrasil. Participou como palestrante convidada em diversos eventos, tais como Fórum Brasil de TV (SP), Broadcast & Cable (SP), Seminário Tempos de Transição (RS), Encontro de Co-Produção Internacional (BH), entre outros. Em 2010 publicou o artigo "Novas Janelas" no livro Cinema e Mercado. Foi responsável pela concepção e implementação do projeto "ABPITV nos Estados", que promoveu workshops de capacitação para o mercado audiovisual em Aracaju, Belém, Goiânia, Porto Alegre, Florianópolis, Cuiabá e Fortaleza. 

Palestrante: Valdir Grandini Alvares

Jornalista, produtor cultural e pesquisador em Ciências da Comunicação e Educação. Integrou a equipe da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina, na qual foi criador da Incubadora de Projetos Culturais, que coordenou entre 2001 e 2004. Coordenou também a criação e implantação do Programa Municipal de Incentivo à Cultura – Promic. Participou da equipe de Coordenação do Projeto VivaVida, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Londrina em 2002 e  2003, realizando a orientação pedagógica e a formação de agentes culturais para atividades arte-educativas junto a crianças em situação de risco social. Coordenador do Programa Rede Cidadania entre 2004 e 2008, desenvolvendo atividades de acompanhamento e qualificação dos projetos e agentes culturais integrantes do Programa. Nesta função, recebeu do Ministério da Cultura, em 2007, o Prêmio Cultura Viva, pela experiência de gestão pública da cultura em ações relacionando educação, cultura e comunidades. Foi Secretário Municipal de Cultura de Londrina-PR, no período final das gestões 2001- 2004 e 2005-2008. Atualmente é Assessor de Programas Culturais da Secretaria de Cultura de Ourinhos-SP, onde faz coordenação arte-educativa do Programa VivOurinhos de Gestão Cultural. É responsável técnico pelo projeto “Ponto Para Ler o Mundo”, parceria entre a Associação de Amigos da Biblioteca Pública – AABiP e a Secretaria Municipal de Cultura de Ourinhos, aprovado em edital conjunto do Ministério da Cultura e Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. É um dos contemplados do Edital Funarte Reflexão Crítica e Produção Cultural para Internet para desenvolvimento do site “Luminares - Cultura e Cidades”, sobre a inserção da cultura no ambiente urbano (em desenvolvimento).

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Palestrante: Lucília Helena do Carmo Garcez

Mestre em Teoria da Literatura (UnB) e Doutora em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas pela PUC/ São Paulo. É professora aposentada do Instituto de Letras da Universidade de Brasília. É autora de "A escrita e o outro", "Técnica de Redação" e dos livros infanto-juvenis em parceria com o artista plástico Jô Oliveira: "Luiz Lua", "O sorriso do gato", "Notícias do Descobrimento", "As aventuras de Hans Staden entre os índios do novo mundo", "Explicando a arte", "Explicando a arte brasileira", "Mãe do ouro", "Brasília – de cerrado a capital da República", "Perceval ou o conto do Graal", "Brasília – do concreto ao sonho" e, ainda, da coleção "Planeta Saudável: Lixo, Energia e Água".



Palestrante: Eloísa da Silva Galdino

Formada em Comunicação Social com habilitação em Audiovisual pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), instituição em que também lecionou, foi orientadora de monografias e examinadora de trabalhos de conclusão de curso na mesma área de sua formação. Na Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi pesquisadora da área de comunicação política do Programa de Pós-Graduação. Na administração pública atuou na reestruturação da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Aracaju, onde foi diretora de Marketing e secretária interina de Comunicação, entre os anos de 2001 e 2006. No Governo de Sergipe, assumiu a Secretaria de Estado da Comunicação em 2007. Em 2009, assumiu a pasta da Cultura, onde permanece. No ano seguinte foi eleita presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes da Cultura, função que desempenhou até março de 2012.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Palestrante: Marília de Lima

Especialista em eventos, administradora de empresas, produtora cultural, consultora e professora. Atuando no setor cultural há mais de 20 anos. Atualmente administra uma empresa da área de Turismo Cultural e treinamentos. É presidente da Cooperativa Cultural Brasileira desde 2008. Ministra os cursos/ palestras: “Cultura e Cooperativismo”, “Leis de Incentivo”, “Elaboração de Projetos”, “Gestão Cultural”, “Organização de Eventos”, “Como administrar a carreira artística”, “Captação de Recursos” e outros temas ligados ao cooperativismo, cultura, eventos e turismo. Na gestão da Cooperativa Cultural Brasileira idealizou e implantou variadas ações, tais como a “incubadora de Cooperativas de Cultura” – projeto que auxilia em parceria a criação de outras cooperativas de produção cultural; o “Dia de Ação Cultural” – um dia inteiro de encontro com a classe artística dos municípios para falar sobre cultura, cooperativismo e políticas culturais; “FEBRACCULT” Federação Brasileira das Cooperativas de Cultura; além das variadas parcerias e intercâmbio com entidades de cultura em países como Portugal, França, Espanha, Argentina, México, Cuba e Peru. Foi gerente da empresa Trovadores Urbanos, conhecida pelas serenatas. Produziu e representou por mais de oito anos o cantor, compositor e escritor potiguar  Reynaldo Bessa. Também realizou produções musicais em teatros e SESCs onde participaram muitos artistas da MPB como Zé Rodrix, Guarabyra, Rita Ribeiro, Trovadores Urbanos etc. Foi sócia da agência Outros Sóis Web e do Jornal O Toque- www.otoque.com.br, informativo sobre o mercado da música.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Palestrante: Luiz Antônio Bolcato Custódio

Arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela UFRGS. Especialista em Preservação de Monumentos e Sítios Históricos. Doutorando da Universidade Pablo de Olavide – Sevilha. Diretor Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional (Iphan) no Rio Grande do Sul entre 1987 e 1996 e Diretor Nacional de Promoção do IPHAN, Brasília (1996-1998). Representante do Ministério da Cultura na Comissão Técnica do Patrimônio do Mercosul (1996-2000). Professor Titular de Projeto Urbano, Teoria do Urbanismo e Técnicas Retrospectivas da Faculdade de Arquitetura do Centro Universitário Ritter dos Reis. Presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus – ICOM (2000 – 2006). Vice-Presidente da Aliança Regional do ICOM para América Latina e Caribe – ICOM-LAC (2007-2010).

Documentário do IMMV terá participação de Max Fercondini


O ator Max Fercondini, que atualmente apresenta o programa Globo Ecologia na Rede Globo de Televisão, fará parte do documentário “Agricultura brasileira e sua história”, projeto proposto e aprovado pelo Instituto Museu Memória e Vida na Lei Rouanet.
Ainda em fase de captação de recursos, o projeto tem como objetivo contar a história da agricultura brasileira e seus aspectos culturais, demonstrando a importância destes para o desenvolvimento nacional e valorizando o homem do campo por meio do retrato de sua identidade, seus fazeres e conhecimentos específicos.
Isso será feito por meio do resgate da memória individual e, ao mesmo tempo, da memória coletiva de homens e mulheres que vieram para o Brasil e se fixaram em diversas regiões. Os depoimentos, equipamentos e construções - fatores determinantes que identificam o brasileiro do interior - serão importantes testemunhos das histórias locais e de comunidades agrícolas.
“Acho que teremos a chance de fazer um belo trabalho que valoriza nossas origens. O Brasil é o maior e mais diverso produtor de alimentos do mundo. Precisamos contar esta história e resgatar a memória dos que fizeram esta possibilidade ser real”, comenta Fercondini, que trabalha como ator desde os 14 anos, fazendo novelas e filmes.
“É fundamental termos uma produção constante voltada à ecologia, afinal, este país é merecedor da natureza que conserva e dos benefícios ecológicos que dela usufruímos”, destaca. E sobre o fato do projeto ter apoio da Lei Rouanet, diz: “Acho que são excelentes mecanismos de fomento à produção cultural. Em alguns casos, estas leis são a única forma de viabilizar projetos de grande valia para preservar nossa cultura”.
No momento, Max Fercondini está participando de um documentário sobre a aviação brasileira. Além dele, o projeto também contará com a presença da produtora Elza Savaget, que por 20 anos foi produtora executiva do programa Globo Ecologia.

Mais 2 projetos culturais de Maringá são aprovados na Lei Rouanet

O Instituto Museu Memória e Vida foi parceiro na aprovação de mais dois projetos culturais para Maringá. Na reunião 200 da CNIC,  realizada hoje (12/07) em Fortaleza, os projetos "23º Festival Nipo-Brasileiro" e "Os Lusíadas" foram aprovados com valores próximos da totalidade.
O 23º Festival Nipo-Brasileiro é realizado pela Acema e terá duração de nove dias. O projeto aprovado permitirá viabilizar a programação cultural e artística do evento, com apresentações de espetáculos de artes cênicas, música instrumental e exposições relacionadas à cultura oriental.
O outro projeto permitirá a gravação de CD e DVD do tradicional grupo folclórico Os Lusíadas, criado em Maringá em 1968, além de viabilizar apresentações artísticas no Brasil e em Portugal. 

Palestrante: Rose Moreira de Miranda

Bacharel em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Mestre em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Coordenadora Geral de Sistemas de Informações Museais (CGSIM), do Instituto Brasileiro de Museus. Em dezembro de 2005 foi aprovada em 2º lugar no concurso público do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tendo realizado suas atividades no Departamento de Museus e Centros Culturais (DEMU). Neste organismo, coordenou a implantação e o desenvolvimento do Cadastro Nacional de Museus. Destacou-se também pela ativa participação nas entidades de classe museológica, exercendo o cargo de Vice-Presidente e posteriormente Presidente da Associação Brasileira de Museologia (ABM) e, ainda, como Conselheira do Conselho Federal de Museologia (COFEM), por dois mandatos consecutivos.


Palestrante: Rosina Coeli Alice Parchen

Arquiteta graduada pela Universidade Federal do Paraná. Especialização em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos pela Universidade Federal da Bahia/UNESCO. Arquiteta do quadro funcional do Estado do Paraná, atuando desde 1980 na Coordenadoria do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura. Em 2003 foi nomeada para a função de Coordenadora do Patrimônio Cultural, função que desempenha até a presente data. É membro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) desde 1987. Exerceu a função de Presidente do Comitê Brasileiro do ICOMOS, pelos mandatos de 2006/2009 e de 2009/2012. É membro titular do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do IPHAN, com mandato 2009/2013. É membro titular do Conselho Nacional de Políticas Culturais do MinC, na cadeira de Patrimônio Material, com mandato 2010/2012.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Palestrante: Henilton Menezes

Jornalista. Foi produtor musical, consultor para elaboração de projetos culturais, produtor e apresentador de programa musical de rádio e produtor executivo cinematográfico. Foi gerente da área de cultura do Banco do Nordeste, sendo responsável pela criação e desenvolvimento do Programa BNB de Cultura, edital de patrocínios culturais e pela instalação da rede de centros culturais daquela estatal. Atualmente é o Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.



No interior do Rio de Janeiro, cidade de 50 mil habitantes tem projeto cultural premiado

Equipe realizadora do MacacuCine Festival
Um dos objetivos do 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios é apresentar projetos culturais exitosos, direcionados à população dos pequenos e médios municípios e que representem inovação - tanto no formato quanto na gestão - contribuindo para que outras iniciativas aconteçam em um número cada vez maior dos municípios do interior do Brasil.

A pequena cidade de Cachoeiras de Macacu, localizada a 94 km da capital fluminense, tem cerca de 50 mil habitantes, nenhuma sala de cinema e um projeto que pode ser incluído na descrição acima. Lá a falta de equipamentos culturais não impediu o desenvolvimento da cultura. Pelo contrário: o maior obstáculo foi também a maior motivação.

O MacacuCine Festival foi criado em 2007 por alunos do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense (UFF) como um evento de extensão. Os objetivos do evento são resgatar a paixão pelo cinema na cidade, cujas salas de cinema foram fechadas gradativamente e formar público pensante que não só consuma como também produza cinema. Para isso, o festival foi pensado para atuar junto às escolas do município, oferecendo oficinas ao longo do ano.

Com sessões ao ar livre e em salas de aula, oficinas e debates, o festival conseguiu instigar nos alunos o desejo de criarem seus próprios filmes. Atualmente, integra a programação uma mostra competitiva de curtas feitos por estudantes de escolas públicas. Assim, unindo cultura e educação, o projeto viabilizado por apoios de instituições que compartilham da opinião de que a cultura é importante para uma sociedade melhor, o MacacuCine transforma.

Em 2010 o projeto recebeu o Prêmio Rio Sociocultural, iniciativa do Instituto Cultural Cidade Viva e, em 2011, foi agraciado com o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro na categoria Audiovisual.
Filipe Gonçalves, diretor geral do MacacuCine Festival, respondeu algumas perguntas sobre a arte de fazer cultura no interior.

Festival movimenta a cidade de Cachoeiras de Macacu
- Como surgiu a ideia de realizar um projeto que une cultura e educação, em um município com cerca de 50 mil habitantes, utilizando o audiovisual como ferramenta de ensino em uma cidade que não dispõe de salas de cinema?
A falta de uma sala de cinema em Cachoeiras de Macacu foi justamente o que motivou a criação do MacacuCine. A cidade estava há mais de duas décadas sem uma sala de cinema e acreditávamos que um festival seria a melhor maneira de resgatar novamente o interesse da população pela sétima arte. Para sustentar as sessões e debates propostos pelo MacacuCine não bastaria simplesmente erguer uma tela e exibir os filmes, precisaríamos cativar o público. Como as escolas geralmente utilizam pouco ou mal o audiovisual, levamos a proposta de potencializar o uso do audiovisual nas escolas e assim formar público para o cinema, porém um público crítico, consciente, que debatesse os temas dos filmes.

- Quais obstáculos surgiram e como vocês os enfrentaram/enfrentam?
O festival surgiu em 2007, quando toda a equipe ainda estava na universidade. Cursávamos produção cultural na Universidade Federal Fluminense e apesar de eu ser de Cachoeiras de Macacu, vivia em Niterói, a quase 100km de distância. No primeiro momento as dificuldades encontradas foram muitas. Havia a distância, já que a equipe de produção era toda de Niterói, o que dificultava e encarecia o contato, éramos relativamente inexperientes, ainda no quarto ou quinto período do curso, a cidade não dispunha de equipamento necessário para as projeções e o principal, não havia recurso financeiro. Conseguimos superar estas dificuldades acreditando no potencial do projeto e no impacto que causaria na sociedade. Era uma chance de fazer algo que contribuísse para o desenvolvimento cultural e educacional daquela cidade. Utilizamos nossos próprios recursos na produção e logística e agregamos parceiros que obtinham os equipamentos necessários para as sessões. Com o projeto bem escrito não foi difícil agregar estes parceiros que, em sua totalidade, não pertenciam a cidade.

- Neste sentido, qual foi a importância das instituições da cidade? Quais foram os apoios que tiveram?
Como a grande maioria das pequenas cidades, principalmente as do interior, Cachoeiras de Macacu não conta com uma secretaria específica para cultura. A pasta está sempre atrelada a educação, turismo, esporte, lazer etc. de forma que as políticas culturais ficam sempre em segundo plano. A economia do município gira em torno do funcionalismo público e de atividades rurais, contando com pouquíssimas indústrias e pequenos estabelecimentos comerciais. Tentamos conseguir alguma forma de apoio, mas logo tivemos que abandonar essa ação por vermos que não seria possível obter resultados. As únicas instituições em Cachoeiras de Macacu que definitivamente apoiaram o MacacuCine foram as escolas da rede estadual de ensino e o Jornal O Estado em Notícias.

- Qual é o modelo de produção desenvolvido pelo MacacuCine?
Diante das dificuldades apresentadas, o MacacuCine acabou por desenvolver um modelo próprio de produção. A equipe de produção se encontra em outra cidade e dialoga com uma equipe local, geralmente artistas e produtores de outros ramos artísticos como teatro, dança e música, além de diretores de escolas e professores. A equipe principal estrutura o festival e dialoga com os stakeholders enquanto a equipe local faz a conexão com diretores, professores e alunos.

- Encontraram dificuldades que acreditam ser específicas de cidades pequenas? Quais?
Como produtor cultural tive a oportunidade de acompanhar a produção cultural de diversas cidades do país e acredito que a maior dificuldade encontrada seja na falta de uma pasta específica para a cultura. A falta de secretaria de cultura e de profissionais qualificados a pensar e gerir cultura torna ainda mais difícil a tarefa do produtor cultural nas pequenas cidades. Outro grande problema é que as pequenas cidades não dão visibilidade aos grandes apoiadores do ponto de vista do marketing cultural. As atividades apoiadas podem até entrar no relatório social, mas como todos sabem, não é tão interessante para uma empresa, já que ínfimas pessoas leem estes relatórios, que são usados geralmente na obtenção de ISOs. O que as empresas realmente querem é patrocinar grandes eventos em grandes cidades, o que torna o eixo Rio - SP tão monopolizador, obrigando o MinC a pensar meios de descentralização de recursos. Esse desinteresse por parte das empresas em cidades pequenas torna a captação algo quase impossível.

- Como hoje, financeiramente, viabilizam o festival?
O MacacuCine conseguiu se tornar sustentável. Lida com apoiadores que investem no festival com seus recursos materiais destinando equipamentos e serviços. Temos como principais apoiadores o SESC Rio, a Universidade Federal Fluminense - UFF, o Centro Técnico Audiovisual - CTAv e o Grupo Pensar. Recursos financeiros representam 1/6 do projeto e são destinados à remuneração de equipe de produção. Editais específicos em audiovisual e prêmios são as principais fontes de recursos financeiros do MacacuCine atualmente.

- Em alguma edição, utilizaram a Lei Rouanet?
A cada ano temos o MacacuCine aprovado sem qualquer diligência na Lei Rouanet, porém ainda vigora a dificuldade de captar recursos para uma cidade do interior.

- Na sua opinião, qual é a importância do debate proposto pelo 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios?
É um fórum de suma importância para a produção cultural no Brasil. Sempre discutem a descentralização da produção e seus recursos, porém essas discussões ou são nos grandes centros ou são propostas por instituições provenientes de grandes centros. As pequenas e médias cidades pouco são ouvidas e sozinhas não têm como medir forças com a produção das grandes cidades. Não que medir forças seja necessário ou seja a intenção, já que existe espaço (até inexplorados) para todas, porém precisa-se de um entendimento por parte dos apoiadores e órgãos de cultura que medidas necessitam ser tomadas. Não é apenas em torno da memória e da preservação que gira a cultura em pequenas e médias cidades. Um fórum como o 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios chamará a atenção de gestores culturais e setoriais de cultura de todo o país e estimulará o debate acerca do assunto.

- Quais são os grandes desafios e obstáculos da gestão pública para o incentivo à cultura no interior do país?
Acredito que, por mais que pareça clichê, os principais obstáculos da gestão pública para o incentivo à cultura no interior do país é justamente a descentralização de recursos. É como o problema de má distribuição de renda do país, onde pouquíssimos têm muito e a grande maioria não tem quase nada. Temos no Brasil um cenário de cultura popular incrível, porém os investimentos milionários estão no Sudeste e Sul, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Sobram algumas ações para o Nordeste, em cidades chaves como Salvador, Recife e Fortaleza e é como se não houvesse cultura no Norte ou Centro-Oeste. Eu tive a oportunidade de conhecer quase todos os estados brasileiros e ver de perto como funciona a política cultural em diversos lugares e a situação é precária. Há de ser vencida a má distribuição dos recursos, capacitar profissionais para trabalhar com cultura, discutir cada vez mais a produção e distribuição cultural e criar mecanismos de apoio que possibilitem aos pequenos e médios municípios ao menos uma fatia do bolo.