Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri |
João Paulo Marôpo, membro da diretoria da Fundação, virá ao 1° Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios para participar de duas mesas: Gestão de Instituições e Projetos Culturais, no dia 9, às 14h, e Perspectivas para os museus dos pequenos e médios municípios, no dia 11, às 10h30. Nas duas oportunidades, Marôpo vai compartilhar a experiência deste projeto bem sucedido que vem fazendo diferença em sua região de atuação.
Saiba mais
Criada em 1992 a partir da restauração da primeira casa de Nova Olinda, a Fundação Casa Grande tem como missão formar crianças e jovens nas áreas de memória, comunicação, artes e turismo. Para tanto, são desenvolvidas atividades de complementação escolar por meio dos laboratórios de Conteúdo (gibiteca, DVDteca, discoteca, biblioteca e sala de informática) e Produção (memorial/museu, laboratório de TV, rádio comunitária, editora que produz gibis e jornal e oficinas de teatro), buscando a formação interdisciplinar e a sensibilização do ver, do ouvir, do fazer e do conviver.
Escola de Comunicação da Meninada do Sertão |
Após um processo de restauração, na escola, além dos laboratórios de rádio, TV, editora e internet, é mantida a rede de crianças comunicadoras em língua portuguesa, unindo Brasil, Moçambique e Angola, com apoio da UNICEF.
Teatro Violeta Arraes - Engenho de Artes Cênicas |
O Teatro Violeta Arraes - Engenho de Artes Cênicas tem projeto de Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa, homenageando o conjunto arquitetônico dos engenhos de rapadura da região do Cariri, berço cultural do Ceará. Lá são oferecidos cursos nas áreas de direção de espetáculos, sonoplastia, iluminação, cenário e roadie. Com uma programação aberta ao público, o espaço exibe semanalmente espetáculos nas áreas de música, dança, cineclube e teatro, buscando a formação de plateia e de gestores culturais.
Há ainda a Cooperativa Mista dos Pais e Amigos da Casa Grande (COOPAGRAN), formada pelos pais dos meninos e meninas que integram a Fundação. Os cooperados produzem e comercializam suvenires e artesanatos, mantém lojinha, cantina, bodeguinha, pousadas domiciliares e serviços de transporte.
A coreógrafa Pina Bausch visita a Casa Grande |
Bate-papo
João Paulo Marôpo, diretor da Fundação Casa Grande.
- Como surgiu a ideia da Fundação Casa Grande?
O projeto surgiu da música, com a intenção de montar um centro de cultura e memória voltado para jovens, mas aí as crianças – tem muita criança em cidade pequena - tomaram conta do projeto logo durante a criação e as atividades foram acontecendo no decorrer do tempo, de acordo com a necessidade.
- Quais obstáculos surgiram e como vocês os enfrentaram/enfrentam?
Um deles, que ainda persiste, é a manutenção (água, energia etc.), mas a gente sempre tem que enxergar acima dos obstáculos, e é isso o que estamos fazendo.
- Neste sentido, com quem vocês podem contar?
Ao longo desses anos tivemos muitos parceiros, como prefeitura, instituições públicas e privadas e pessoas físicas.
- Financeiramente, como a Fundação se mantém em pé hoje em dia?
Temos parcerias com outras instituições, com o poder público municipal e recebemos doações de pessoa física. Também já tivemos recursos do programa Ponto de Cultura, do Ministério da Cultura.
- Na sua opinião, qual é a importância do debate proposto pelo 1º Fórum Nacional da Produção Cultural em Pequenos e Médios Municípios?
Fundamental, pois é um momento de compartilhar conhecimentos e experiências no sentido de encontrar soluções para desenvolver atividades comuns.
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