segunda-feira, 23 de julho de 2012

Patrimônio, preservação da cultura


Rosina Coeli Alice Parchen, coordenadora de patrimônio cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, vai participar do 1º FNPCM no dia 10, às 16h, na mesa "Questões do Patrimônio Cultural em Pequenos e Médios Municípios". Sobre esse assunto, ela respondeu algumas perguntas prévias.

- Como pautar a discussão sobre a preservação do patrimônio cultural em cidades tão novas como Maringá, que tem apenas 65 anos?


Hotel Bandeirantes, tombado pelo Estado do PR em 2004
O Patrimônio Cultural não é considerado pela idade que possui. O edifício do Hotel Bandeirantes Maringá, por exemplo, expressão da arquitetura moderna, está protegido pelo tombamento desde 2004. Assim muitos outros bens contemporâneos integram a lista dos reconhecidos Patrimônios Culturais, nos estados e no Brasil. Brasília, por exemplo, além de ser tombada pelo IPHAN é também Patrimônio da Humanidade, reconhecido pela UNESCO.



- De que forma a sociedade pode promover ou solicitar a preservação do patrimônio cultural?
"A comunidade é a melhor guardiã de seu patrimônio", frase de Aluisio Magalhães, precursor da preservação no Brasil.
Qualquer cidadão ou grupo pode solicitar o tombamento daquilo que julgar ser importante como representação de sua cultura. Feita a solicitação aos órgãos competentes, estes farão a pesquisa que justifique a importância do bem para aquela comunidade. Os tombamentos podem se dar nos três níveis de governo, municipal, estadual e federal, conforme o grau de seu significado para cada instância de governo.
No Paraná, esta atividade é desenvolvida pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural, da Secretaria de Estado Da Cultura.

- Considerando que, no interior do país, pequenos e médios municípios tem sua economia apoiada, basicamente, na agricultura e pecuária, como você vê a preservação do universo cultural dessas comunidades?
Nestas regiões estão, sem dúvida, muito presentes, os bens de natureza IMATERIAL, que são os saberes, os fazeres e as manifestações culturais próprias de cada região.
Há também nestas áreas um excepcional conjunto de bens arqueológicos; bens materiais, como sedes de antigas fazendas, pousos e invernadas, antigos caminhos, locais de beleza natural e paisagística, entre tantos outros dentro desse imenso universo cultural, que de fato proteger tudo se torna inviável. Por essa razão é que a proteção se dá naqueles bens que a comunidade tem interesse e que é de importância para ela.

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